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Unimed Fortaleza promove VI Jornada de Cuidados Paliativos

Importância dos cuidados paliativos para pacientes portadores de doenças graves ameaçadoras de vida é tema de atualização científica gratuita promovida pela Unimed Fortaleza.

Prestar uma assistência humana e compassiva aos pacientes na fase avançada de uma doença incurável para que vivam da forma mais digna e confortável possível. Esse é o objetivo dos profissionais que atuam no setor de Cuidados Paliativos do Hospital Regional Unimed Fortaleza (HRU). E para compartilhar os avanços utilizadas pelos profissionais que atuam na área, o Serviço de Cuidados Paliativos do HRU, em parceria com o Centro de Educação, Aperfeiçoamento, Pesquisa e Extensão (CEAPE), promove nos próximos dias 25 e 26 de outubro a VI Jornada de Cuidados Paliativos. O evento faz parte da celebração do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, celebrado em 12 de outubro.

Esta iniciativa permite cada vez mais que os profissionais de saúde despertem o interesse por esta ciência que hoje traz inúmeras evidências científicas que faz com que as pessoas vivam mais e melhor. As exposições acontecerão no HRU (Auditório I no 9º andar), das 19h às 22h, na sexta-feira (25), e das 8h às 18h, no sábado (26). O evento é gratuito e aberto ao público para profissionais da saúde tanto da rede própria da Unimed como de outras instituições.

A responsável pela formação é a coordenadora do Serviço de Cuidados Paliativos e do Centro de Estudos do HRU, Dra. Inês Melo, que vai trazer médicos de diversas especialidades, além de enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais e uma abordagem voltada para as questões da espiritualidade com Caroline Treigher. Um dos destaques da programação é a presença da médica referência em cuidados paliativos, Dra Claudia Inhaia, que vai ministrar três palestras: “Contextualizando o momento atual dos Cuidados Paliativos no Brasil”, no dia 25, às 19h30, “Morte: Desejos x Realidade”, no mesmo dia, às 20h30, e “Tratamento da dor: Quando a via oral não é mais disponível?”, no sábado (26), às 9h30.

Segundo a coordenadora, que é médica paliativista, o evento já faz parte da programação do HRU há seis anos, pois é necessária uma atualização constante dos profissionais que atuam na área. “É fundamental o debate sobre as necessidades dos pacientes e de formação dos profissionais que atuam nesta prática, mostrando os momentos delicados na vida de quem está hospitalizado e precisa desse cuidado diferenciado”, reforça. Por isso, por meio do Instituto Unimed, em parceria com a Unifor, desde 2011 a Unimed Fortaleza oferece também um curso de especialização lato sensu em cuidados paliativos. “Somos pioneiros no Norte/Nordeste nesse tipo de formação”, celebra Dra. Inês Melo.

No HRU, o setor Cuidados Paliativos foi criado em 2008 e a equipe conta com médicos especialistas, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, padre com formação em cuidados paliativos, além de um musicista que trabalha com musicoterapia. Em 2019, a Unimed Fortaleza criou o Serviço de Cuidados Paliativos domiciliares através da Unimed Lar que está fazendo a diferença na vida de muitas famílias.

O que são Cuidados Paliativos?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em conceito definido em 1990 e atualizado em 2002 e 2017, “o cuidado paliativo é uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes (crianças e adultos) e de suas famílias frente aos problemas associados a doenças potencialmente fatais, através da prevenção e alívio do sofrimento, identificação precoce, avaliação e tratamento impecável da dor e outros problemas físicos, psicossociais e espirituais”.  

De acordo com a Comissão Lancet sobre o Acesso Global a Cuidados Paliativos e Alívio da Dor, por ano, mais de 25,5 milhões de pessoas morrem com sérios sofrimentos físicos e psicológicos como resultado de doenças, sendo desse total 2,5 milhões de crianças. Mais de 80% desses casos estão em países de baixa e média renda, onde o acesso à morfina de liberação imediata, um medicamento essencial e barato para aliviar a dor, bem como qualquer outro tipo de tratamento paliativo, está drasticamente ausente. Por isso, é de fundamental importância o debate sobre o tema.

Sendo assim, receber cuidados paliativos não significa que não haja mais nada a fazer pelos pacientes. De acordo com a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), isso apenas indica que o diagnóstico é de uma doença crônica grave, que ameaça a vida, e que, por isso, é necessária uma equipe com os profissionais de várias áreas para cuidar de quem está doente, bem como daqueles que o cercam. Afinal, nesse momento, são muitos as questões envolvidas como o medo da morte, a apreensão em deixar a família desamparada, conflitos do passado e problemas de ordem prática, do dia a dia, como o afastamento do trabalho e a consequente queda de renda, além de tantas outras. Por isso, as equipes de cuidados paliativos precisam ser multidisciplinares.

“Sabemos que uma doença grave atinge não só o paciente, mas também aqueles que o amam. Por essa razão, a equipe de cuidados paliativos vem para cuidar de todos. Daí a importância de ser uma equipe que inclua enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, capelães, assistentes sociais, entre outros profissionais, para dar conta de uma extensa demanda de necessidades”, finaliza Dra. Inês Melo.

Dia Mundial dos Cuidados Paliativos

Organizado por um comitê da Worldwide Hospice Palliative Care Alliance, uma rede de organizações nacionais e regionais de cuidados paliativos e de hospices que apoiam o desenvolvimento de cuidados paliativos em todo o mundo, o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos é comemorado sempre no segundo sábado de outubro de cada ano.

Com o tema “Meu cuidado, meu direito”, esse ano a ideia é reforçar a importância dos cuidados paliativos de qualidade como um direito humano que os pacientes e cuidadores podem exigir para si e para seus entes queridos dentro da Cobertura Universal de Saúde. O tema também procura engajar os

tomadores de decisão para perceber que o cuidado é uma prioridade de saúde pública e, portanto, deve ser orçamentado de acordo.

Programação

25 de outubro

·         Abertura/Credenciamento – 19h às 19h30

·         Contextualizando o momento atual dos Cuidados Paliativos no Brasil (Dra. Claudia Inhaia) – 19h30 às 20h30

·         Morte: Desejos X Realidade (Dra. Claudia Inhaia) – 20h30 às 21h

26 de outubro

·         Unimed Lar: Uma Visão ampliada de seus serviços (Dr. Felipe Aguiar) – 8h30 às 9h

·         Sarcopenia: Estratégias atuais para um velho problema (Dra. Iara Castellani) – 9h às 09h30

·         Tratamento da dor: Quando a via oral não é mais disponível? (Dra. Claudia Inhania) – 9h30 às 10h

·         Comunicação Compassiva (Dra. Juliana Ferragut) – 10h15 às 10h45

·         Prognóstico em Cuidados Paliativos – Uma análise estruturada (Dr. Zilfran Carneiro) – 10h45 às 11h15

·         Oncogeriatria: Um olhar diferente para o paciente idoso (Dr. Charllys Barbosa) – 11h15 às 11h45

·         Debates – 11h45 às 12h

·         Equipe Multiprofissional Síndrome de Edwards (Dra. Rejane Brasil, Enfª. Natanielle Roldão, Ass. Social Patricia Gadelha e Psicóloga Ana Teles) – 14h às 15h

·         Critérios de terminalidade no paciente pneumopata crônico (Dra. Daniela Chiesa) – 15h às 15h30

·         Abordagem paliativa pelo fonoaudiólogo (Karla Dote) – 15h30 às 16h

·         Como e quando indicar alimentação artificial no paciente em Cuidados Paliativos (Dra. Cinara Franco) – 16h às 16h30

·         Coffee Break – 16h30 às 16h45

·         Abordagem terapeutica na depressão (Dr. Uchoa Júnior) – 16h45 às 17h15

·         Espiritualidade (Caroline Treigher) – 17h15 às 17h45

Serviço

VI Jornada de Cuidados Paliativos

Dias 25 e 26 de outubro

Local: Auditório I no 9º Andar do Hospital Regional Unimed (Av. Visconde do Rio Branco, 4000)

Evento gratuito