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O destaque das mulheres empreendedoras na indústria cearense

SindiAlimentos conta a história de mulheres que enfrentam todos os tipos de desafios e buscam se destacar no mundo empresarial diariamente. A presença feminina no mercado de trabalho ainda é uma situação que precisa melhorar, principalmente quando se trata de mulheres ocupando cargos de chefia ou empreendedoras donas do seu próprio negócio, mas existem muitos exemplos que precisam ser compartilhados.

O presidente do SindiAlimentos, André Siqueira, é um grande apoiador e incentivador da presença feminina na indústria.

“Temos inúmeros exemplos de mulheres fortes que não desanimam e buscam se destacar no mercado de trabalho. No setor industrial, não poderia ser diferente. Cada uma com o seu propósito, seja de trilhar uma carreira dentro de uma empresa ou como dona do seu próprio negócio, a mulher quer ser reconhecida pelo seu esforço e dedicação. As pessoas devem se destacar pelo seu mérito e os direitos devem ser iguais”, frisa André.

Ana Patrícia Diógenes é diretora comercial da indústria de polpas de frutas, FRUTÃ. Mas ela gosta de se intitular como “diretora de sonhos e realizações”. Começou sua trajetória de trabalho em 2006, quando implantou junto ao seu irmão e sócio, a primeira indústria de polpa de frutas pasteurizadas do Ceará.

“Sempre gostei muito de trabalhar, o dia a dia na empresa pra mim é um divertimento. Você trabalhando no que gosta e se empenhando muito, terá sucesso e passará por toda dificuldade sem sentir. Sempre me portei de igual para igual, sem aceitar e nem fazer nenhum tipo de distinção entre o meu profissionalismo e o de um homem. Por saber que essa não é a realidade de todas as mulheres, dentro da minha empresa, sempre pregamos esse valor de igualdade entre todos”, ressalta.

Como empreendedora, Patrícia Diógenes destaca que é muito importante saber se reinventar dentro da própria empresa, acompanhando o avanço constante das tecnologias e metodologias de gerenciamento. Ela fala que também é um grande desafio manter a empresa sempre competitiva frente a um mercado dinâmico no qual você precisa sempre ser criativo e atender as demandas dos mais diversos tipos, principalmente quando se trabalha com exportação e mercado doméstico. 

“Atualmente, além de todos esses desafios, estamos passando pelo maior deles, essa pandemia que nos ataca, vem nos mostrando que manter o bom relacionamento dentro da empresa, com uma cultura organizacional forte e voltada para o bem estar dos colaboradores é essencial. Precisamos, a todo o custo, manter o controle emocional para passarmos dessa fase bem fisicamente e emocionalmente, com saúde para os colaboradores e para a empresa”, expõe Patrícia. 

Sócia-diretora na empresa Fosfatec, Betânia Rabelo exerce, principalmente, atividades ligadas ao setor financeiro. Filha de agricultores do interior do Estado do Ceará, Morada Nova, com 11 anos de idade, veio para a capital com os pais em busca de novas oportunidades. Começou cedo a se inserir no mercado de trabalho, aos 16 anos de idade, quando teve a oportunidade de trabalhar como auxiliar no departamento de compras da empresa Ceave Aviário Cearense. Betânia seguiu por 12 anos na mesma empresa até conhecer Cláudio Ferreira, com quem se casou e, juntos, formaram uma sociedade na empresa Fosfatec.

“Decidi investir na minha carreira profissional e me dedicar aos estudos. Mesmo trabalhando o dia todo, estudava a noite e me formei em ciências econômicas pela Universidade de Fortaleza. Passados 25 anos, sou dona do meu próprio negócio, mas ainda vejo um mercado de trabalho ocupado, predominantemente, por homens. Mas nós mulheres não podemos desistir dos nossos objetivos diante disso. Temos que buscar nosso crescimento profissional e nos posicionar firmemente diante das dificuldades”, encerra a empresária.