Cinema & Documentário

Série “Ringue” estreia no Canal Brasil

Com participação especial de Ruy Guerra e Amir Haddad, a produção é dirigida por Bruno Laet, Janaina Diniz Guerra, Mito Pontual e Pedro Nicoll

Transitando entre humor e mistério, com um toque de nonsense, “Ringue”, série dirigida por Bruno LaetJanaina Diniz GuerraMito Pontual e Pedro Nicoll, estreia na quinta, dia 12 de agosto, às 20h, no Canal Brasil – e, na mesma data, todos os episódios estarão disponíveis nos serviços de streaming Canais Globo e Globoplay + Canais ao Vivo. Trata-se de um pseudodocumentário com a trama centrada nas desventuras do treinador Jean dos Santos (Henrique Pires), que tenta transformar Rony (Daniel Kristensen) em um lutador campeão, enquanto tem seu cotidiano registrado pelo diretor de cinema Fausto (Iuri Saraiva). Em um cenário em que o MMA finca seus pés na clandestinidade, a série revisita o universo das lutas emblemáticas do audiovisual, com referência aos mestres e discípulos de clássicos como Rocky Balboa e Karatê Kid. Amanda Mirasci, Manuela Llerena, Dida Camero e Helder Agostini fazem parte do elenco, que conta ainda com participações especiais de Ruy Guerra e Amir Haddad.    

Jean dos Santos (Henrique Pires), um veterano treinador de artes marciais, volta de uma misteriosa viagem à Tailândia trazendo consigo Rony (Daniel Kristensen), um lutador com comportamento animalesco, dentro de uma caixa. Jean vê em Rony o trunfo para retomar o prestígio de outrora. Esse retorno é monitorado por Fausto (Iuri Saraiva), diretor de cinema com métodos duvidosos, que fará de tudo para tranformar os descaminhos de Jean dos Santos num documentário atrativo, mesmo que para isso seja necessário intervir nos acontecimentos – a ponto de fazer um ator se passar por lutador já que Jean afirma que transforma “qualquer garoto com força de vontade em um campeão”.

“O universo da luta serve como um pano de fundo do qual é possível extrair personagens icônicos conhecidos, presentes no imaginário de todo mundo, como Rocky Balboa, Daniel San, do Karate Kid, Kill Bill, a ideia de mestres e discípulos etc. E a trama propriamente dita é conduzida por uma equipe de cinema que pretende transformar esse universo em arte. É muito bacana, nesse universo simbólico, a gente conseguir trazer duas figuras que são ícones na arte brasileira, como Amir Haddad é para o teatro, e Ruy Guerra é para o cinema, e essas grandes personalidades fazerem parte do universo fictício de ‘Ringue’ e interferirem na trama. O Amir Haddad, na personagem do Coronel, que revela segredos milenares, e o Ruy Guerra, como o Supervisor, que dialoga com o diretor da trama principal que, por sua vez, é o estereótipo do artista em seu pleno delírio criativo – onde o objeto artístico é mais importante que a vida real. Eles entram nessa brincadeira da metalinguagem”, conta a diretora Janaina Diniz Guerra.    

Personagem de Amir Haddad, o Coronel é um entusiasta e, inevitavelmente, investidor das peripécias de Jean dos Santos. Casado com Cíntia – ex-mulher de Jean e mãe de Sarinha (Manuela Llerena) -, ele fará de tudo para corresponder aos desígnios sexuais de sua esposa. Fã incondicional de taxidermia, o Coronel – apesar de sua faceta bonachona – guarda segredos inexoráveis sobre a milenar magia dos inugamis.

Já o Supervisor (Ruy Guerra) é um Deus ex machina. Implacavelmente arbitrário em seus desígnios cinematográficos, conduz o espírito de Fausto frente à elaboração do documentário sobre o duvidoso Jean dos Santos. Perante improvisos típicos de uma mente genial, o Supervisor é capaz de alterar a realidade vigente da trama, produzindo toda e qualquer peripécia necessária à estória. Um personagem acima do bem e do mal, que trafega divinamente por uma insólita ilha de edição.

De acordo com o diretor Pedro Nicoll, “Ringue” segue a máxima Leminskiana de que “distraídos venceremos”: “Desde o roteiro, até a proposta de linguagem, a série se pauta na teoria anti-ilusionista do cinema. A gente não tentou mostrar nenhum tipo de realidade, nenhum tipo de verossimilhança, você não tenta enganar o público ou convencê-lo de que aquilo é uma história em que eles precisam acreditar, que aquilo é um retrato da realidade. É uma grande alegoria. Uma pessoa se comporta como um bicho, uma ruptura com o naturalismo, é tudo exagerado. E traz personagens que são muito próximos de nós do audiovisual. O Fausto é o alter ego de todos os diretores de própria série, aí tem a produtora caxias, tem o ator que faz tudo por um grande papel, se fazendo até mesmo de lutador a ponto de entrar num Ringue, por acreditar num personagem.”

Ringue (2021) (6 x 50’)
INÉDITO e EXCLUSIVO
Classificação etária: 16 anos
Direção: Bruno Laet, Janaina Diniz Guerra, Mito Pontual e Pedro Nicoll
Elenco: Henrique Pires, Yuri Saraiva, Daniel Kirstensen, Amanda Mirásci
Estreia: quinta, dia 12/08, às 20h
Horário: quinta, às 20h
Alternativos: terça, às 13h45 e segunda, às 7h

FICHA TÉCNICA
PRODUÇÃO: Kinossaurus Filmes
DIREÇÃO: Bruno Laet, Janaina Diniz Guerra, Mito Pontual, Pedro Nicoll
ARGUMENTO: Bruno Laet, Diogo Fontes, Mito Pontual, Pedro Nicoll
ROTEIRISTAS: Bruno Laet, Diogo Fontes, Janaina Diniz Guerra, Mito Pontual, Pedro Nicoll
ROTEIRO FINAL: Bruno Laet e Pedro Nicoll
FOTOGRAFIA: Isabella Fernandes
CORREÇÃO DE COR: Bernardo Brik
DIREÇÃO DE ARTE: Cedric Aveline
FIGURINO: Rô Nascimento
MAQUIAGEM: Isabela Costa
MONTAGEM: Vladimir Rodriguez
MONTAGEM ADICIONAL: Mauricio Lustosa
MÚSICA: João Viana
SOM DIRETO: Antonio Grosso
EDIÇÃO DE SOM: João Caserta e João Viana
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Kiki Garcia
PRODUÇÃO DE ELENCO: Thiago Bomilcar Braga
ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: Mateus Chernicharo / Pedro Bonfim Fontoura

ELENCO PRINCIPAL
JEAN DOS SANTOS: Henrique Pires
FAUSTO (DIRETOR): Iuri Saraiva
SOLEDAD (PRODUTORA): Amanda Mirasci
SARINHA: Manuela Llerena
VAVY: Dida Camero
GOGUINHO: Helder Agostini
RONY: Daniel Kristensen
ARMAND: Silvio Matos
GRÃ-MESTRA: Chan Suan
GRÃ-MESTRA VELHA: Sonia Masuda
CORONEL: Amir Haddad
SUPERVISOR: Ruy Guerra