Projeto lança Livro-book com fotografias feitas por crianças do Pirambu
As fotos que compõem o livro retratam o cotidiano das crianças na comunidade
As margens da comunidade do Pirambu são feitas da água do rio (Rio Ceará) e do mar, mas também de histórias do povo que contam suas experiências pessoais, urbanas, familiares, políticas e sociais, sejam elas nos barcos dos pescadores, na praia ou nas ruas da comunidade.
Nesse cotidiano inundado pelo rio e o mar, o projeto “O Rio Que Traz – Ser criança na beira da vida”, num processo de criação por meio de oficinas de fotografia com crianças de 05 a 14 anos do Instituto Cai Cai Balão, lança no próximo dia 25/03 (sexta-feira), às 18h, livro-book produzido com fotografias feitas pelas próprias crianças.
O livro-book será lançado para a comunidade e às famílias dos pequenos fotógrafos, na sede do Instituto Cai Cai Balão, localizado no Pirambu.
As imagens captadas pelas crianças foram feitas durante as oficinas, realizadas em novembro do ano passado (2021). Durante as aulas, elas puderam aprender sobre fotografia e suas técnicas, além de na prática terem o primeiro contato com equipamentos fotográficos (câmeras) que foram disponibilizados para que levassem para casa e fizessem os registros na comunidade, incentivando o protagonismo social de suas próprias histórias ao mesmo tempo que aprendem uma linguagem artística.
A ideia do projeto é que as crianças possam narrar suas histórias, através de foto-história, do ambiente em que vivem percorrendo o Rio Ceará através do mar, um percurso que envolve todo o cotidiano social e cultural da comunidade banhada pelo rio e que também banha a vida destas crianças e marcam suas histórias.
Com coordenação e desenvolvimento do fotógrafo e jornalista turco, Emrah Kartal, residente no Brasil desde 2010 e no Ceará desde 2013, onde vem registrando e destacando a comunidade do Pirambu para além das fronteiras geográficas, sociais e culturais que assolam esta região de Fortaleza, que ilustra um pequeno Brasil.
“A fotografia foi o ponto de partida para que as crianças tivessem contato com a arte, apresentada por meio da diversão para chegar à prática da foto, do estudo artístico e com isso pudessem contar suas histórias, sentimentos e suas interpretações/visões do contexto social que os cercam. Utilizando a fotografia para mobilizar a comunidade, visando o ativismo social e humanitário, através das imagens captadas pelos olhos delas”, afirma Kartal.
O projeto é apoiado pelo VIII Edital das Artes de Fortaleza – SECULTFOR – Lei nº10.432/2015. E conta com apoio institucional do Instituto Compartilha.