Aumento dos casos de Chikungunya deixa população e médicos em alerta; especialistas promovem live com orientações sobre a doença
A temporada de chuvas em Fortaleza facilita a procriação do mosquito transmissor de doenças como a chikungunya. Na capital cearense, neste início de ano, há um sinal de alerta sanitário para a doença. Segundo a prefeitura, sete bairros concentram 73,2% dos 591 casos de chikungunya confirmados nos primeiros meses do ano. Em momentos como esses, a prevenção deve ser redobrada, segundo especialistas.
De acordo com a coordenadora médica do Nest Saúde, Bruna Custódio, o período é propício para o surgimento das arboviroses (dengue, Zika e chikungunya). “A febre chikungunya é uma infecção causada pelo vírus de mesmo nome que provoca sintomas como aumento na temperatura corporal e mal-estar, em um quadro que lembra gripe ou mesmo dengue. Além disso, a piora acontece com as fortes dores nas articulações”, pontua.
Dentre os principais sintomas estão febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode, também, ocorrer dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele, explica a médica.
É preciso estar atento também às medidas de prevenção, que podem evitar criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença.
“Ainda não existe vacina ou medicamentos contra chikungunya. Portanto, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros. Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos)”, coloca a coordenadora médica do Nest Saúde.
Além dos sintomas ativos da doença, a reumatologista Thalita Nascimento, do Nest Saúde, indica que “a febre chikungunya pode evoluir para uma fase crônica, com dores articulares, inchaço e rigidez, semelhantes às outras doenças reumáticas, como artrite reumatoide”.
Live
No intuito de levar conhecimento para a sociedade acerca da Chikungunya, a médica Bruna Custódio e a reumatologista Thalita Nascimento irão promover uma live gratuita, através do perfil do Nest Saúde no instagram (@nest_saúde), nesta quinta-feira, 21, às 19h.
Mais informações: https://nestsaude.com.br/