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Engenharia domina ranking das profissões com maiores salários iniciais no Brasil

As carreiras ligadas à engenharia seguem liderando a lista das profissões com os maiores salários de admissão no Brasil. De acordo com um levantamento divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), sete das dez ocupações mais bem remuneradas no momento da contratação pertencem a essa área.

O estudo revela que a Engenharia da Computação ocupa o topo do ranking, com um salário inicial médio de R$ 13.794. Em seguida, aparecem os engenheiros de minas e afins, com R$ 13.055. A Engenharia Civil também se destaca entre as mais bem remuneradas, com um salário inicial médio de R$ 10.800. A primeira profissão fora do setor de engenharia na lista é a de diretor de espetáculos e afins, na quarta posição, com remuneração média de R$ 11.716. Os engenheiros químicos ocupam a quinta colocação, recebendo R$ 11.181 no início da carreira.

Além da valorização crescente das carreiras ligadas à engenharia, instituições de ensino têm investido em formações especializadas para atender à demanda do mercado. Em Fortaleza, a Faculdade INBEC oferece diversos cursos de engenharia voltados para o aperfeiçoamento profissional, incluindo graduação em Engenharia Civil e pós-graduações em Engenharia Estrutural, Engenharia de Segurança do Trabalho, Engenharia Geotécnica e Engenharia de Energia, entre outras. Com uma grade curricular atualizada e voltada para as exigências do setor, a instituição se destaca por formar profissionais altamente capacitados para atuar nas áreas de maior remuneração e crescimento no Brasil.

Crescimento real dos salários

Além do destaque para a engenharia, o levantamento da Firjan aponta que o salário médio de admissão no Brasil registrou um crescimento real – acima da inflação – de 2% em 2024, alcançando R$ 2.178. Esse avanço mantém a tendência positiva já observada em 2023, quando o aumento real foi de 1,2%, revertendo quedas consecutivas em 2021 (-4,6%) e 2022 (-2,5%).

Para Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da Firjan, esse crescimento é impulsionado pela redução do desemprego, que faz com que as empresas disputem mais intensamente os profissionais qualificados.

“O mercado de trabalho está aquecido, elevando os salários de admissão”, destaca Goulart. Os dados mostram que o desemprego médio em 2024 ficou em 6,6%, o menor nível já registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, o país criou 1,7 milhão de empregos formais no ano passado, um crescimento de 16,5% em relação a 2023.

Indústria lidera salários médios de admissão

Entre os grandes setores econômicos, a indústria registra o maior salário médio de admissão, com R$ 2.310. O setor de serviços aparece na sequência, com R$ 2.250. Já a agropecuária (R$ 2.011) e o comércio (R$ 1.926) ficam abaixo da média nacional.

No recorte setorial, os melhores salários médios iniciais foram observados na indústria, com foco em extração de petróleo e gás natural (R$ 9.104); atividades de apoio à extração de minerais (R$ 4.908); fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (R$ 4.186). No setor de serviços, destacam-se exploração de jogos de azar e apostas (R$ 9.301); organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais (R$ 6.801); e atividades de serviços financeiros (R$ 5.179). Na agropecuária, pesca e aquicultura lideram, com salário médio inicial de R$ 2.113. No comércio, o maior salário de admissão foi registrado no setor atacadista, exceto veículos automotores e motocicletas, com R$ 2.267.

Os números reforçam a valorização da qualificação técnica e a crescente demanda por profissionais especializados em áreas estratégicas da economia, como engenharia, tecnologia e energia. Com o mercado aquecido e o desemprego em queda, as perspectivas seguem favoráveis para os profissionais com formação especializada.