Cinema & Documentário

Máquina do Tempo leva o subgênero “found footage” para a Segunda Guerra Mundial

Filme estreia em 13 de março com estética de filmagem encontrada e uso de câmeras da década de 1930

O subgênero found footage (filmagem encontrada) é frequentemente associado a filmes de terror e suspense, como A Bruxa de Blair (1999) e Atividade Paranormal (2007). No entanto, Máquina do Tempo, que estreia em 13 de março nos cinemas, transporta essa estética para um novo contexto, narrando uma história de ficção científica ambientada na Segunda Guerra Mundial.Dirigido por Andrew Legge, o longa acompanha as irmãs Thomasina e Martha, que constroem um dispositivo capaz de interceptar transmissões do futuro. A invenção, inicialmente usada para explorar a cultura de décadas à frente, acaba se tornando uma ferramenta estratégica no conflito, alterando o curso da história. Toda essa jornada é registrada pela câmera de Martha, criando uma sensação de autenticidade que remete aos princípios do found footage.Para reforçar essa estética, Máquina do Tempo foi filmado com câmeras e lentes originais da década de 1930, além de ser processado em um tanque de revelação de 16mm da era soviética. O resultado é uma imagem granulada, em preto e branco, que remete a registros históricos do período. Apesar das imagens coloridas já serem uma possibilidade na época, não seriam factíveis para orçamentos comuns, como das irmãs. O uso da técnica confere ao filme um tom documental, como se o público estivesse assistindo a imagens reais descobertas anos depois dos eventos.Além do visual singular, o longa conta com uma trilha sonora que mescla composições clássicas do inglês Edward Elgar com nomes da contracultura dos anos 1970, como David Bowie e The Kinks. A combinação entre passado e futuro reflete a própria essência da trama, que brinca com a percepção do tempo e da memória.Com Stefanie Martini e Emma Appleton nos papéis centrais, Máquina do Tempo chega aos cinemas brasileiros em 13 de março, prometendo uma experiência cinematográfica que une história, ficção científica e a imersão do found footage.
Sinopse
Inglaterra, 1941. As irmãs Thomasina e Martha criaram uma máquina que pode interceptar transmissões do futuro. Esse aparelho encantador permite que elas explorem seu punk interior uma geração antes de o movimento começar a existir. Mas, com a escalada da Segunda Guerra Mundial, as irmãs decidem usar a máquina como uma arma de inteligência, com consequências que alteram o mundo.
Ficha Técnica
Título Original: Lola
País de Origem: Irlanda, Reino Unido
Gênero: Ficção Científica, Guerra
Duração: 79 minutos
Direção: Andrew Legge
Roteiro: Andrew Legge, Angeli Macfarlane
Distribuição no Brasil: Pandora Filmes
Data de estreia no Brasil: 13 de março de 2025
Elenco Principal
Emma Appleton
Stefanie Martini
Theodora Brabazon Legge
Sobre a Pandora Filmes A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 35 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de longas-metragens no Brasil, revelando cineastas outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos dos últimos anos incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional; “The Square: A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund, vencedor da Palma de Ouro em Cannes; “Parasita”, de Bong Joon Ho, vencedor da Palma de Ouro e do Oscar; o tunisiano “O Homem que Vendeu Sua Pele”, de Kaouther Ben Hania, e “A Felicidade das Pequenas Coisas”, uma grande surpresa do cinema do Butão, ambos indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional; “Apocalypse Now: Final Cut”, a obra-prima de Francis Ford Coppola; “Roda do Destino”, de Ryusuke Hamaguchi, vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Berlim; mais os brasileiros “Deserto Particular”, de Aly Muritiba, e “Uma Família Feliz”, de José Eduardo Belmonte, dois grandes sucessos aclamados pela crítica.