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Lançada em 1997, a Bienal Internacional de Dança do Ceará comemora a 15ª edição com programação em 3 continentes

Dividida em quatro estações, entre os meses de maio e outubro de 2025, a Bienal festeja a data com atividades em Cabo Verde, Portugal, França e Brasil. Um dos pontos altos é a montagem de “Nosso Baile!” em julho em Fortaleza, com estreia em setembro no Théâtre de Chaillot, em Paris

Um dos projetos culturais mais longevos do Ceará, que se posiciona entre os maiores do segmento no país, terá em 2025 uma edição especial que cruza oceanos e elastece a sua  programação ao longo do ano. Lançada há 28 anos, em outubro de 1997, a Bienal Internacional de Dança do Ceará chega à 15ª edição, com um histórico de ações anuais nos campos da difusão, da criação e da formação.

Nesta edição comemorativa, o evento reafirma o seu caráter global e multicultural aportando em cidades de três continentes, África, Europa e América do Sul, entre 03 de maio e 1º de novembro. Apresentada pelo Ministério da Cultura, Governo do Estado do Ceará, Enel Distribuição Ceará e Petrobras, por meio do programa Petrobras Cultural, a XV Bienal Internacional de Dança do Ceará começa com a Estação Cabo Verde, de 03 a 10 de maio, segue com a Estação Portugal, de 11 a 14 de maio e, no segundo semestre, acontece a Estação França, entre 19 e 27 de setembro, e a Estação Brasil, com abertura em 24 de outubro, mês tradicional de sua realização, e encerramento no dia 1º de novembro

A Bienal de Dança do Ceará é um espaço de encontro e diálogo de estéticas contemporâneas e também de intercâmbio artístico para artistas consagrados, mas também para jovens artistas dos mais diversos territórios, das periferias aos grandes centros de produção cultural, do Brasil e do exterior. 

A XV Bienal Internacional de Dança do Ceará é uma realização da Indústria da Dança do Ceará e da Proarte – Associação dos Produtores de Artes do Ceará, junto ao Ministério da Cultura e Governo Federal do Brasil, com correalização de Chaillot – Teatro Nacional da Dança; Governo da França; Instituto Francês; Instituto Guimarães Rosa; e Ministério das Relações Exteriores. Patrocínio: Petrobras, via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio Institucional: Secretaria da Cultura do Ceará por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Mecenato). Apoio Cultural: Enel Distribuição Ceará.

RELAÇÕES BILATERAIS ENTRE BRASIL E FRANÇA

Em 2025, celebra-se a diplomacia cultural entre Brasil e França, marcando 200 anos de relações bilaterais e reafirmando quase três décadas de diálogos entre o Ceará e a cena coreográfica francesa. Ano do Brasil na França e o Ano da França no Brasil, este será um grande intercâmbio cultural que promete movimentar os dois países com muita arte, dança, música, gastronomia, literatura e muito mais.  

Destaque nessa celebração, a Bienal Internacional de Dança do Ceará foi escolhida para representar as artes cênicas brasileiras na França e, ao mesmo tempo, receber artistas franceses e africanos no Brasil. O evento conta com o selo Temporada Cruzada França-Brasil 2025, um reconhecimento do Governo da França, do Brasil e do Ceará, além do apoio de instituições como o Instituto Guimarães Rosa, Instituto Francês e Consulado Geral da França em Recife para o Nordeste.

CONEXÕES ARTÍSTICAS INTERNACIONAIS – CAIS

Nesta edição, a Bienal realiza um projeto inovador que transcende fronteiras, o “Conexões Artísticas Internacionais – CAIS”. Este projeto faz parte da Temporada Cruzada França-Brasil e simboliza um marco na cooperação cultural entre os dois países, inspirado no conceito de cooperação triangular promovido pela ONU. Entre as ações há trocas artísticas e remontagens, exposições, eventos musicais, difusão internacional de obras coreográficas e shows musicais, parcerias e envolvimento de festivais.

O CAIS inclui a remontagem e apresentação de duas obras de grande sucesso de público e crítica. Uma delas é “Saison Sèche”, da renomada coreógrafa francesa Phia Ménard, adaptada para sete bailarinas brasileiras. A outra é “Nosso Baile!”, do goiano Henrique Rodovalho, um dos mais reverenciados coreógrafos brasileiros. Esta obra, cujo processo de montagem acontecerá em julho em Fortaleza, contará com elenco de 14 bailarinos brasileiros e estreia em setembro de 2025, no Chaillot Théâtre national de la Danse, um dos principais palcos da dança na França e parceiro da Bienal nesta ação.

Fruto de uma iniciativa da XV Bienal Internacional de Dança do Ceará com o Théâtre de Chaillot, como principal parceiro, o CAIS também conta com a colaboração de vários festivais brasileiros. Dentre eles, estão o Festival de Dança de Itacaré, o Festival JUNTA de Teresina, o Festival FETEAG de Caruaru e a Oficina Francisco Brennand em Recife.

Nos países que recebem esta edição, a Bienal tem como parceiro, além do Théâtre de Chaillot, o Festival Kontornu, de Cabo Verde.

EM MAIO: ESTAÇÕES CABO VERDE E PORTUGAL

O início desta edição em Cabo Verde será um momento único para se dançar e refletir temas como a decolonialidade, o multiculturalismo e a africanidade. No país africano a Bienal acontecerá de 03 a 10 de maio, nas cidades de Praia, Santa Cruz e Tarrafal, com uma programação que envolve artistas de diversos países (Brasil, Cabo Verde, Espanha, Moçambique, Polônia, República Tcheca e Ucrânia). A cidade de Belmonte será a sede da Bienal / Estação Portugal, entre 11 e 14 de maio. Nas duas estações, a Bienal de Dança chega com artistas brasileiros de múltiplas linguagens. Entre eles, Rosa Primo, Clarice Lima, Jorge Garcia, Don L. (somente em Praia), Silvia Moura, Saulo Duarte e a Paracuru Cia. de Dança. 

A curadoria da programação em Cabo Verde e Portugal é assinada por Djam Neguin, artista cabo-verdiano, e David Linhares, diretor da Bienal de Dança. 

EM SETEMBRO: ESTAÇÃO FRANÇA

Em setembro, de 19 a 27, a Bienal estará no templo da dança contemporânea em Paris, o Théâtre de Chaillot. Este, que é um dos palcos mais emblemáticos do mundo, em frente à Torre Eiffel, na Praça do Trocadero, e ao lado do Musée de l’Homme, receberá três atividades do projeto CAIS.

O primeiro é “Nosso Baile!”. O espetáculo é inspirado em “Isso dá um baile!”, obra que Henrique Rodovalho criou para o Balé da Cidade de São Paulo, apresentada em 2021 na 13ª Bienal de Dança do Ceará. Este será um dos pontos altos da programação que a Bienal levará para o público do Chaillot. No elenco, 14 bailarinos, dos quais, sete do Ceará e sete de outros estados brasileiros, alguns de carreira consolidada e outros recém-saídos de cursos técnicos em dança. Na escolha, será levada em conta a representação da diversidade brasileira, de suas referências, suas origens e seus corpos, pois o espetáculo visa celebrar a diversidade de corpos, ritmos e estilos brasileiros.

Durante a programação na França haverá momentos dançantes e representativos da cultura cearense e brasileira. Destaque para apresentação do cearense Mateus Fazeno Rock, ao lado do consagrado rapper brasiliense Don L. e do paraense Saulo Duarte, com suas guitarradas. 

Por fim, a cultura popular nordestina será retratada em “De cada canto um gesto, um som, um canto”, exposição de Alexandre Veras e Giovana de Paula. Inspirada na posse de Lula na presidência do Brasil, a mostra utiliza projeções de procissões, festas e rituais do Nordeste nas paredes e escadarias do teatro, criando uma experiência imersiva e interativa. A exposição visa afirmar a cultura popular nordestina em um espaço de prestígio, que é o Teatro Chaillot. 

EM OUTUBRO: ESTAÇÃO BRASIL

Será em outubro, no Brasil, mais precisamente no Ceará, que acontecerá a grande celebração da XV Bienal Internacional de Dança do Ceará. Entre 24 de outubro e 1º de novembro, espetáculos do Senegal, de Guadalupe (França), Rio de Janeiro, Goiânia, São Paulo, Itapipoca, Paracuru e Fortaleza vão estar em palcos de Fortaleza, Paracuru, Trairi, Itapipoca, Pacatuba, Pacajus, Baturité e Guaramiranga.

Na conexão Brasil-Cabo Verde-França, o evento, através do projeto CAIS, realiza na Estação Brasil a difusão de obras de renomados artistas do campo coreográfico. A senegalesa Germaine Acogny e a guadaloupeana Léna Blou vão representar a conexão profunda entre o Brasil, a França e o continente africano, ampliando os horizontes culturais deste intercâmbio.

Essa etapa irá marcar a culminância da 15ª edição da Bienal de Dança, que contará também com espetáculos especialmente produzidos para a ocasião, como as encenações de Phia Ménard (França) e do brasileiro Henrique Rodovalho, que terão estreia nacional em Fortaleza. 

HISTÓRICO das BIENAIS

A Bienal Internacional de Dança do Ceará foi criada em 1997. Onze anos depois, em 2008, como um desdobramento da tradicional edição dos anos ímpares, a indústria da Dança lançou uma versão diferenciada para os anos pares, denominada Bienal Internacional de Dança do Ceará – De Par Em Par. Em 2010, cruzou o oceano com destino ao continente africano, onde realizou a Bienal Internacional de Dança do Ceará – Conexão Cabo Verde, em um rico encontro de gêneros e gerações, unindo a dança contemporânea, com o hip hop e manifestações da tradição cabo-verdiana.

Em 2020, como consequência do início da pandemia de covid-19, houve a necessidade de adequação nas datas e nos formatos dos dois projetos. Em 2021 aconteceu o Dança Ceará Criança, projeto de formação, criação, difusão e acessibilidade, com atividades formativas online e exibições no YouTube; foi realizada também a 7ª Bienal De Par Em Par em dois momentos, com programação online e em realidade virtual; e aconteceu ainda a 13ª Bienal Internacional de Dança do Ceará, versão tradicional da Bienal dos anos ímpares.

Em 2022 foi realizada a 8ª Bienal De Par Em Par e em 2023 aconteceu a 2ª Bienal Criança, novo nome do projeto Dança Ceará Criança, que se tornou, a partir dessa edição, parte integrante da Bienal De Par em Par. O ano de 2024 também foi atípico, com a realização de duas edições: a 14ª Bienal Internacional de Dança do Ceará e a 3ª Bienal Criança, da Bienal De Par Em Par.

APOIOS E PARCERIAS

A XV Bienal de Dança do Ceará tem o apoio das seguintes instituições: Instituto Dragão do Mar, Instituto Mirante, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Hub Cultural Porto Dragão, Escola Porto Iracema das Artes, Museu da Imagem e do Som do Ceará e Theatro José de Alencar.

São parceiros da XV Bienal de Dança: Festival Kontornu, Carnaúba Criações, FETEAG – Festival de Teatro do Agreste), Festival de Dança de Recife, Festival Junta, Festival de Dança de Itacaré, Atelier Rural, Câmara Municipal de Belmonte, Consulado Geral da França em Recife para o Nordeste, Centro Cultural Companhia de Dança de Paracuru, Sobrado da Abolição /Centro Cultural Eduardo Campos – Pacatuba, Prefeitura de Guaramiranga, Prefeitura de Pacajus, Prefeitura de Baturité e Prefeitura de Fortaleza por meio da Secretaria Municipal de Cultura – Secultfor.

Comité de patrocinadores da Temporada Cruzada França-Brasil 2025: Fundação Engie; LVMH; Leroy Merlin; Obramax; JCDecaux; Sanofi; Airbus; CMA CGM; CNP Seguros; Grupo L’oréal; Fundação Total Energias; ViNCI; BNP Paribas, Carrefour; VICAT; Scor SE.

A XV Bienal Internacional de Dança do Ceará integra a Rede de Festivais de Arte e Cultura do Ceará – Rede FACE.

SERVIÇO

XV Bienal Internacional de Dança do Ceará / Estação Cabo Verde: De 3 a 10 de maio de 2025, em Praia, Santa Cruz e Tarrafal;

XV Bienal Internacional de Dança do Ceará / Estação Portugal: De 11 a 14 de maio de 2025, em Belmonte;

XV Bienal Internacional de Dança do Ceará / Estação França: De 19 a 27 de setembro de 2025, em Paris; 

XV Bienal Internacional de Dança do Ceará / Estação Brasil: De 24 de outubro a 1º de novembro de 2025, em Fortaleza, Paracuru, Trairi, Itapipoca, Pacatuba, Pacajus, Baturité e Guaramiranga (CE).

A programação completa em breve poderá ser consultada no site bienaldedanca.com e no Instagram @bienaldedanca. Informações: bienaldedancace@gmail.com.