Número de incêndios residenciais preocupa no Ceará e reforça alerta sobre prevenção em condomínios
Presidente da Adconce, reforça que síndicos, administradoras e moradores estejam atentos à manutenção e à regularização dos sistemas de combate a incêndios.
O número de incêndios em residências no Ceará segue em ritmo preocupante em 2025. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado (CBMCE), entre 1º de janeiro e 19 de maio deste ano, foram registradas 558 ocorrências em todo o estado, sendo 313 apenas em Fortaleza. Se mantida essa média, o ano pode ultrapassar os números de 2024, quando foram contabilizados 1.674 incêndios residenciais no Ceará — 932 deles na capital.
A média mensal em 2024 foi de aproximadamente 139 casos no estado e 78 na capital. Já em 2025, os registros mensais vêm se mantendo elevados: cerca de 112 ocorrências mensais no estado e 63 na capital, considerando apenas os primeiros quatro meses e meio do ano.
Esse cenário acende um alerta sobre a importância da prevenção, especialmente em condomínios residenciais, onde a propagação das chamas pode ocorrer com maior facilidade. Na última quinta-feira (15), um incêndio atingiu o sétimo andar de um prédio residencial na rua Mário Mamede, no Bairro de Fátima, em Fortaleza. As chamas se concentraram no corredor do andar, danificando a caixa de gás e a pintura da área comum. Graças ao acionamento do sistema de sprinklers — chuveiros automáticos — o fogo foi contido rapidamente, sem atingir os apartamentos nem causar vítimas.
O caso, embora sem consequências mais graves, reforça a necessidade de atenção às medidas de prevenção. Para Rudy Fernandes, presidente da Associação das Administradoras e Condomínios do Estado do Ceará (Adconce), é essencial que síndicos, administradoras e moradores estejam atentos à manutenção e à regularização dos sistemas de combate a incêndios.
“A segurança dos moradores começa com prevenção. Sistemas de alarme, detectores de fumaça, extintores, sprinklers e saídas de emergência precisam estar em pleno funcionamento. Além disso, é indispensável fazer manutenções periódicas, treinar funcionários e orientar moradores sobre como agir em situações de risco”, destaca Rudy.
As principais causas de incêndios em condomínios residenciais incluem sobrecargas elétricas, curtos-circuitos, vazamentos de gás e o uso inadequado de velas e cigarros. “Muitas vezes, o problema começa com um descuido simples dentro de casa. Mas em condomínios, isso pode afetar dezenas de famílias se os equipamentos de segurança não estiverem adequados”, reforça Rudy.
Segundo o presidente da Adconce, também é dever da administração condominial garantir que o prédio esteja com a documentação em dia e em conformidade com as normas técnicas. “Vistorias regulares e laudos atualizados ajudam a evitar tragédias. Segurança nunca é demais, e cada morador tem um papel fundamental nesse processo”, finaliza.