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Entre o afeto e a autonomia: o equilíbrio possível nos relacionamentos amorosos

Manter o equilíbrio entre o afeto e a autonomia é um desafio fundamental para quem busca relações amorosas saudáveis. Quando esse equilíbrio é rompido, a dependência emocional pode surgir, gerando um apego excessivo e desbalanceado que compromete o bem-estar emocional. No Brasil, essa realidade tem se tornado cada vez mais comum e preocupante. Segundo a psicanalista Elaine de Tomy, vice-presidente do Instituto Revoar, esse quadro está diretamente ligado à dificuldade de reconhecer o próprio valor e estabelecer limites saudáveis. “Muitas vezes, a pessoa acredita que não pode viver sem o outro, o que a leva a tolerar situações prejudiciais e a negligenciar suas próprias necessidades”, explica.

Dados recentes da plataforma de atendimento on-line Fepo Psicólogos mostram que 84,6% dos brasileiros já demonstraram algum nível de carência excessiva em relacionamentos, e 14,6% afirmam que essa carência foi o principal motivo para o término da relação. Além disso, 68% dos psicólogos relataram que seus pacientes frequentemente apresentam situações claras de dependência emocional durante as sessões.

Para que um relacionamento amoroso se mantenha saudável e duradouro, a autonomia individual é essencial. “O espaço pessoal e a independência são fundamentais para que cada parceiro possa crescer, se desenvolver e, consequentemente, contribuir para a qualidade da relação”, indica Elaine de Tomy. “Ter momentos separados não enfraquece o vínculo; pelo contrário, fortalece a confiança e o respeito mútuo.”

A promoção da autonomia em um relacionamento é, portanto, uma estratégia eficaz para evitar a dependência emocional e garantir que o afeto não se transforme em uma prisão emocional. Assim, cultivar interesses próprios, respeitar o tempo do outro e valorizar o espaço individual são atitudes que fortalecem a relação e permitem que o amor floresça com liberdade e equilíbrio.

Sobre o Instituto Revoar

O Instituto Revoar é o braço social da Rede Memorial Fortaleza e atua há seis anos promovendo iniciativas de acolhimento e transformação pessoal. Seu nome remete ao renascimento e à reconexão com a vida. Já impactou mais de 5 mil pessoas em Fortaleza e outras regiões do Brasil, contribuindo para que muitos pudessem reescrever suas histórias com mais sentido e propósito.