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Associação Caatinga, em parceria com quatro instituições, realizou ações socioambientais que sequestraram carbono da atmosfera equivalente a 1 bilhão árvores


A Associação Caatinga, em parceria com a Operação Amazônia Nativa (OPAN), Imaflora, Ecoporé e IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas), realiza atividades socioambientais de restauração florestal e geração de renda por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

Em um cenário em que as emissões globais de CO2 têm atingido taxas recordes, o Brasil contribuiu com a não emissão de cerca de 147 milhões de toneladas de CO2 ao longo de 2022, o equivalente ao que mais de 1 bilhão de árvores nos seus primeiros 20 anos poderiam sequestrar. Estes resultados foram alcançados graças a cinco projetos patrocinados pelo Programa Petrobras Socioambiental da linha de Florestas. Com atuação em diferentes biomas brasileiros, as iniciativas têm como objetivo principal a restauração de ecossistemas, regulação do clima e geração de renda de forma sustentável. São elas: Florestas de Valor, Viveiro Cidadão, Raízes do Purus, No Clima da Caatinga e Semeando Água.

Os resultados das ações dos 5 projetos referência em florestas estão disponíveis no relatório anual 2022 lançado em março deste ano. Em destaque, está o projeto No Clima da Caatinga, realizado, desde 2011, pela Associação Caatinga. A iniciativa promove a conservação das terras, florestas e águas do bioma nos estados do Ceará e Piauí, com o intuito de contribuir com a mitigação dos efeitos potencializadores do aquecimento global. Com atuação na Reserva Natural Serra das Almas (RNSA), o projeto identificou que cada hectare da RNSA estoca cerca de 266 toneladas de CO2, ou seja, uma vez que a Serra das Almas tem 6,3 mil hectares, a reserva estoca mais de 1,6 milhões de toneladas de CO2 equivalentes. Em comparação, essa quantidade representa o total de gás carbônico emitido por mais de 5 milhões de habitantes do Ceará durante um ano.

O projeto mudou a vida de pessoas como a dona de casa Antônia Elisabete de Sousa Soares, de Buriti dos Montes, no Piauí: “a gente carregava água na cabeça. Aí, com o passar do tempo, os invernos foram diminuindo e as águas acabaram. Acabaram as cacimbas. A gente ia até ao chafariz para buscar água. E eu já cheguei, muitas vezes, a convidar meu marido para procurar um local que tivesse mais água, que fosse mais fácil, mas aí Deus é tão bom que mostrou essas pessoas no meu caminho e esse projeto maravilhoso (nesse momento Elisabete sorri, olha para trás e aponta as mãos em direção ao reservatório), e tá aí essa linda cisterna cheia de água para mim”, conta.

Na Amazônia, está o Florestas de Valor, projeto realizado pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) que contribui com a fixação de carbono e com a redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) por meio da implantação de sistemas produtivos sustentáveis, como Sistemas Agroflorestais e roça sem fogo, na Amazônia. Em 2022, o projeto apoiou a implantação de 30 hectares de novas áreas manejadas com sistemas produtivos sustentáveis, o que contribuiu diretamente com a fixação ou não emissão de cerca de 28 mil toneladas de CO2 equivalente durante o período entre 2014 e 2022.

Além disso, o projeto também oferece apoio à estruturação de cadeias de produtos da sociobiodiversidade, contribuindo com a conservação da Floresta em Pé. “Com as técnicas e métodos que aprendemos durante as atividades do projeto consegui melhorar minha produção, tanto do meu SAF- Cacau quanto do meu pomar. Minha propriedade está bem mais organizada e agora a gente consegue aproveitar tudo que temos aqui, inclusive para fazer caldas que ajudam a melhorar o solo”, conta Maria Helena Gomes, agricultora de São Félix do Xingu, no Pará. No ano passado, as ações de manejo de produtos florestais não madeireiros contribuíram com a conservação de 176 mil hectares de áreas de florestas, na qual estima-se um estoque de carbono de 15 milhões de toneladas de CO2 equivalente.

Ainda na Amazônia, o Viveiro Cidadão, realizado pelo Ecoporé, desenvolve em Rondônia um trabalho pioneiro para o bioma: o desenvolvimento da educação inclusiva de crianças com deficiência. Por meio do projeto, um jovem cego teve contato com vários elementos da natureza pela primeira vez no jardim sensorial Gaia Amiga, idealizado pela Associação Semeando Letras e Cidadania do município de Rolim de Moura (RO).

O projeto Viveiro Cidadão contribui com a fixação de carbono através da implantação de Sistemas Agroflorestais e recomposição vegetal de ecossistemas, promovendo a restauração produtiva de áreas degradadas. Desde seu primeiro ciclo, em 2013, até o ano de 2022 foram 452 hectares de áreas implantadas, com uma contribuição estimada de mais de 46 mil toneladas de CO2 equivalentes fixados. “Pra mim foi bom demais, uma das melhores coisas na minha vida e na vida da minha família. Esse projeto me deu mudas de árvores, que plantei em volta do rio e hoje nasceu um rio e uma floresta. Pra gente, foi tudo de bom, porque era um rio sem vida e hoje você anda lá e a água é pura”, Dorival Pessato, agricultor.

Em 2022, o Raízes do Purus, por meio do apoio à vigilância e a iniciativas de manejo sustentável em seis Terras Indígenas localizadas no sul do Amazonas, na região do arco do desmatamento, contribuiu para evitar as emissões de cerca de 316 mil toneladas de CO2 para a atmosfera por meio das atividades de conservação florestal direta. No mesmo período, as ações do projeto, realizado pela OPAN, propiciaram a manutenção de um estoque, em conservação indireta, de mais de 130 milhões de toneladas de carbono armazenado nas florestas sob influência da iniciativa.

A atuação dos projetos se dá também na Mata Atlântica com o Semeando Água, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), contribui para a segurança hídrica de 7,5 milhões de pessoas que vivem na região metropolitana de São Paulo, Campinas e Piracicaba., o projeto busca reverter o cenário encontrado de 60% de passivos ambientais em Áreas de Preservação Permanente (APPs). Em 2022, implantou 30 hectares de restauração com previsão de implantação de mais 25 hectares neste ciclo. Considerando apenas essa ação, o potencial de sequestro de carbono é de mais de 8 mil toneladas de CO2 em 10 anos ou quase 23 mil toneladas de CO2 no médio e longo prazo.

Todos os projetos são realizados com patrocínio da Petrobras, sob o guarda-chuva do Programa Petrobras Socioambiental. O programa tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento de parcerias, o fortalecimento de vínculos e a geração de benefícios mútuos, favorecendo o respeito aos direitos sociais, ambientais, territoriais e culturais das comunidades e populações locais.

Os investimentos socioambientais da Petrobras na temática Florestas atuam como uma das frentes de ação em resiliência climática, por meio do qual a companhia reafirma seu interesse em superar os desafios relacionados ao seu negócio referentes à transição para uma economia de baixo carbono. A carteira com foco em Florestas é dinâmica e, em 2022, contou com 22 projetos em execução. Esses projetos geram benefícios importantes para mitigação das mudanças do clima. As ações de recuperação vegetal e de reconversão produtiva levam à remoção líquida de carbono da atmosfera, por meio da remoção do CO2 da atmosfera pela vegetação para produção de biomassa.

Para mais detalhes sobre os resultados dos projetos, acesse: https://www.imaflora.org/public/media/biblioteca/relatorio_florestas_de_valor_2022_final.pdf

Conheça os projetos
No Clima da Caatinga – noclimadacaatinga.org.br
Florestas de Valor (Imaflora) – https://www.imaflora.org/o-que-fazemos/comunidades-areas-protegidas/florestas-de-valor
Viveiro Cidadão – viveirocidadao.org.br
Raízes do Purus – raizesdopurus.com.br
Semeando Água – semeandoagua.ipe.org.br