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CIDADE PORTÁTIL, projeto idealizado por Izabel Gurgel em cartaz pelo site do MAUC

CIDADE PORTÁTIL É UM CONVITE PARA CONHECER E OCUPAR ACERVOS PÚBLICOS

Idealizado pela jornalista Izabel Gurgel com realização do MAUC e Festival Alberto Nepomuceno, o projeto acontece em janeiro no formato digital. Grátis e para todas as idades

 Pensar o direito à cidade, compreendendo essa como um bem público, como patrimônio de todos, em consonância com o direito à memória e ao conhecimento. O projeto Cidade Portátil tem proposta educativa, dirigida a públicos de todas as gerações, pensando a inclusão por meio de encontros virtuais, vídeos e outras peças a serem divulgadas em janeiro pelas redes sociais, para serem compartilhadas por pessoas de diferentes níveis de escolaridade e inserção social.

 São cinco encontros virtuais e uma série de peças de comunicação que visam à fruição dos acervos públicos: seis vídeos; uma edição de informes educativos para redes sociais; um mapa digitalizado da obra pública do artista Sérvulo Esmeraldo em Fortaleza – com ênfase nas obras localizadas no Centro e na Praia, da Praia de Iracema ao Mucuripe; e uma publicação digital sobre os altares da rua Barão de Aratanha para a passagem da procissão de N. Sra. de Fátima, com calendário de festas religiosas da cidade.  

 A programação trata do direito à cidade inserido no cotidiano e toca questões relacionadas ao patrimônio artístico e cultural de Fortaleza, trazendo também uma experiência de Canoa Quebrada junto às mulheres labirinteiras, que fazem a renda bordada de nome labirinto. “Os conteúdos também dão visibilidade ao trabalho feminino e à velhice e ao envelhecimento como potência de vida e criação; afirmam ainda a produção de saberes e fazeres oriundos de comunidades tradicionais e povos originários, como é o caso da renda; a rua como espaço público por excelência, lugar de encontro e festa e não só lugar de passagem (a tradição dos altares da rua Barão de Aratanha); e, por fim, o direito à infância – pois todos os acervos podem ser apreciados pelas crianças”, afirma a idealizadora e curadora do projeto, a jornalista Izabel Gurgel. 

 “É um convite para acessar os acervos, para ocupar a cidade, para viver coletivamente a cidade, afirmando a cidade como uma elaboração contínua, permanente e social”, pontua. A edição digital do Cidade Portátil conta com apoio da Lei Aldir Blanc por meio da Secretaria da Cultura da Prefeitura de Fortaleza – SecultFor. Todas as ações são de acesso gratuito e acontecem em rede com o Museu de Arte da UFC – MAUC e Festival Alberto Nepomuceno – FAN. 

Para o ciclo de encontros, as inscrições já foram realizadas pelo site do Museu de Arte da UFC, podendo abrir novas vagas. Acompanhem também as postagens, fotos, vídeos e históricos do Cidade Portátil nos perfis do instagram pela @izabelrosagurgel e @soulfanfestival 

Conhecer, partilhar: viver melhor a cidade 

“Propomos uma experiência imersiva como um modo de melhor apreciar histórias da cidade e nos perguntar sobre como criamos espaços para viver juntos, como nos inventamos coletivamente, como podemos afirmar a vida em sua diversidade em nossas práticas”, diz Izabel.

Como uma leitora, ela observa, pesquisa e coleta registros, elaborando modos de partilhar acervos imateriais e materiais. Físicos ou imateriais, são acervos vividos, incorporados. “São experiências de cidade que levamos conosco, que fazem parte do que somos. É uma partilha da cidade que existe em cada habitante. A cidade à flor da pele”, diz Izabel. As partilhas são encontros em pequenos formatos (aulas, palestras, mediações) para fruição dos acervos pesquisados.  

Izabel trabalha com livros, com relatos orais que anota no percurso do trabalho, com narrativas em diferentes suportes. Como as narrativas fotográficas ou audiovisuais que encontra ou desenvolve ao longo da pesquisa. Desde fotos e vídeos domésticos, ou assinados por documentaristas e/ou ficcionistas profissionais, oriundas ou não de arquivos públicos. Utiliza mapas, desenhos, gráficos etc.  

Ela vive a cidade como uma leitora em estado de leitura. Escuta a cidade acionada pela memória de quem nela mora ou está de passagem. “Anoto, escrevo, fabulo. Leitura em ação: andar e observar é ler a cidade. E uma das graças do ato de ler é a partilha que daí pode ser feita”. É o que acontece nos encontros Cidade Portátil, iniciados em 2018 em Icó e Canoa Quebrada como parte da programação do Festival Alberto Nepomuceno – FAN. Já passou por Recife e, em Fortaleza, aconteceu em 2019 na biblioteca do CCBNB.   

Mais informações:

Izabel Gurgel (85) 98565.1002 – Idealizadora e curadora da série Cidade Portátil