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Coronavírus: Atenção à saúde mental das crianças durante a quarentena

Especialista alerta para sintomas de ansiedade das crianças durante o período de isolamento

Com a orientação para a continuidade do isolamento social como forma de prevenção a disseminação do Covid-19, boa parte da população mantém sua rotina alterada, e entre eles, as crianças.

Com a suspensão das aulas na rede pública e antecipação das férias na rede privada, as crianças permanecerão por pelo menos mais um mês em casa. Com tanta energia para gastar, é importante que os pais/responsáveis mantenham uma base de atividades para evitar a ociosidade.

A neuropsicóloga Liane Bastos destaca que é recomendado uma conversa sobre o assunto, “Para aliviar o estresse e a ansiedade da rotina alterada de forma repentina, é importante que se converse com os pequenos sobre os acontecimentos. Sem entrar em detalhes que possam assustá-los, é necessário que as famílias conversem, sabendo que muitas crianças já possuem capacidade de entender e reproduzir ações que ajudem no combate ao vírus, como lavar as mãos”.

Para a profissional, tentar manter uma programação de atividades, mesmo que em casa, é outra forma de evitar irritabilidades nas crianças, “Manter os horários de dormir e acordar, os costumes alimentares, envolvê-los em atividades físicas como alongamento, yoga, destinar tempo para brincadeiras e estudos do dia a dia, reforça a sensação de “normalidade” e permite menores traumas sobre o assunto”, enfatiza.

Outro desafio que a neuropsicóloga destaca é conseguir usar a energia dessas crianças que não tem espaço pra correr e brincar, “Uma sugestão é utilizar aplicativos de dança, que ensinam passos ao longo do ritmo da música. Além das crianças gastarem energia, garantem uma boa diversão”.

Para as crianças que frequentam terapia ou realizam tratamento para déficit de atenção, autismo e outros, Liane ressalta que é fundamental manter o contato com o profissional de confiança, “Optar pelos atendimentos on-line é uma boa alternativa para dar continuidade ao tratamento já realizado, para que não haja interrupção na evolução desse paciente”, pontua.