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Exposição Os Cangaceirinhos – Série Figurinhas, do artista plástico Dias Brasil entra em cartaz.

O artista plástico Dias Brasil, abrirá no próximo dia 05 de agosto, a exposição Os Cangaceirinhos – Série Figurinhas, inspirado no universo do cangaço.

            De acordo com o artista, “o cangaço já foi morte, hoje é poesia” e é isso que colocou nessa série de Os Cangaceirinhos.  

          A mostra, que ficará em cartaz até dezembro, no Bleecker Café,  conta  com 25 obras, feitas a partir de  duas técnicas: monotipia mais colagem e guache espatulada mais colagem. 

         O artista colocou nas telas, além do especial colorido, o universo do nordestino  – acima de tudo um forte – suas lendas, seus mitos, rituais, lembranças, estão presentes nos trabalhos. 

         Como afirmou Rafaela Pacheco no texto de apresentação: “A força e a expressividade do nordestino, como aquele que agüenta às intempéries, mas reage às injustiças, estão presentes em cada peça da exposição”.

SERVIÇO: 

Exposição “Os Cangaceirinhos” – Série Figurinhas – Artista plástico Dias Brasil (@artistadiasbrasil).  A partir das 18:30 do dia 05 de agosto de 2021 –  abertura sem coquetel. No Bleecker Café(@bleeckercafe). Endereço: Rua Silva Paulet, 1281 – Aldeota

Visitação da mostra: todos os dias das 14:30 às 21:30 –  até dezembro. 

Apresentação

Os Cangaceirinhos – Série figurinhas

Artista Plástico Dias Brasill 

Por Rafaela Pacheco

          “Os Cangaceirinhos” trazem uma nova visão sobre o Universo do cangaço, suas cores e protagonistas, a par de tantas outras, já formuladas. Trata-se de algo lúdico, criativo, benevolente e colorido, por vezes alegre, eventualmente temível, mas sempre agudo e forte, que preza mais pelas lendas, que permeiam o imaginário de nossa gente, que pela crítica ao (ou julgamento do) movimento em si. Cada olhar é único, e Dias Brasil consegue nos passar isso ao derramar o seu, acerca do cangaço e dos cangaceiros, através de suas tintas, nas telas que compõem esta exposição.

           “Os Cangaceirinhos” se reúnem num conjunto de obras feliz pelo recorte que decidiu fazer. Não é cego, como não são cegos os personagens que retrata, mas tem uma visão própria, mais próxima daquela que se enraizou no imaginário popular, dos cangaceiros como: valentes, alegres, de gloriosas figuras, um tanto idealistas e, ao cabo, também um tanto idealizados. 

          Trata-se de uma homenagem, em palmas inaudíveis, a essa parcela da cultura nordestina que, com suas histórias e lendas, mitos e crenças, ajudaram a formatar nossa identidade. A atmosfera local, que propicia o desenvolvimento da resistência, sem descurar da leveza e da beleza que inspiram rendas, canções, filmes, e tantas outras formas de expressões artísticas, pode ser sentida, ao contemplar as obras. A força e a expressividade do nordestino, como aquele que agüenta às intempéries, mas reage às injustiças, estão presentes em cada peça da exposição.