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Férias escolares: especialistas reforçam orientações para prevenir acidentes com crianças

As férias escolares de julho estão a pleno vapor e os pais e responsáveis precisam criar muitas atividades para ocupar o tempo das crianças, dentro e fora de casa. Para evitar acidentes neste período, a atenção precisa ser redobrada. É importante ampliar os cuidados para que momentos de lazer não se tornem um transtorno.

Em caso de acidentes domésticos, o ideal é procurar a unidade de saúde mais próxima de casa para definir como será a condução do tratamento da criança. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) atendem ocorrências de acidentes domésticos com crianças. De acordo com o médico da UPA Messejana, Ramon Parente, em época de férias, as ocorrências de acidentes mais comuns que surgem no atendimento das Unidades de Pronto Atendimento são quedas, cortes e mordidas de animais.

“No período das férias as lesões mais frequentes em crianças são principalmente cortes com materiais nas ruas ou terrenos onde as crianças brincam, além de acidentes em piscinas, entre eles, quedas e cortes por traumas na hora do mergulho ou escorregões, além de mordeduras de animais, pois as crianças exploram mais as casas no período”, explica.

O serviço de Pediatria das UPAs funciona 24 horas, todos os dias da semana (incluindo feriados), com atendimento de pessoas com idade até 17 anos. Como nos demais casos, a assistência infantil é realizada conforme o sistema de classificação de risco.

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Em caso de acidente doméstico, o ideal é procurar a unidade de saúde mais próxima (Foto: Hiane Braum/Casa Civil)

Para a internação de menores de idade, pais ou responsáveis legais podem atuar como acompanhantes nos equipamentos. Solicitações de transferência para outros serviços secundários ou terciários devem ser feitas na presença dos adultos. O atendimento em hospital geralmente é reservado para crianças que têm necessidade de internamento ou exames mais complexos, após encaminhamento de avaliação da UPA no atendimento inicial.

“O atendimento na UPA é indicado para crianças com casos mais agudos, que não podem esperar, como febre de maior que 39 graus, acompanhada de cefaléia, hipersensibilidade à luz, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Casos de falta de ar e fraqueza devem ir imediatamente à unidade. Se os pais acreditam que há gravidade na criança, devem ir à UPA para que esse paciente seja avaliado e medicado se necessário”, acrescenta o médico.

Dicas de prevenção
A médica pediatra do Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral, Aline Ibiapina Cunha, chama atenção também para os riscos de acidentes domésticos como queimaduras, choques elétricos e afogamentos.

Ela explica que a cozinha é o local mais perigoso da casa. Por isso, o ideal é manter as gavetas com protetores para evitar a abertura fácil, no fogão deixar os cabos das panelas sempre virados para dentro. Outra dica é manter materiais de limpeza guardados em locais fora do alcance das crianças, bem como armazená-los em recipientes apropriados.

Para evitar choques, o ideal é usar protetor em todas as tomadas da casa. Usar grades e telas nas janelas, colocar protetor nas pontas das mesas e grades nas escadas também são estratégias importantes para prevenir acidentes. Uma atenção especial deve ser dada às brincadeiras em camas e sofás, que podem aumentar o risco de quedas. “Prevenir é a melhor solução. Além de todos os cuidados com a casa, é importante ter sempre um adulto próximo e atento às crianças”, explica Cunha.

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Brincadeiras com água

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Praia do Futuro é uma das mais frequentadas pelos banhistas nas férias, em Fortaleza (Foto: Ascom CBMCE/SSPDS)

Se o lazer envolver piscinas, açudes, lagos ou lagoas, a atenção deve ser redobrada. A médica chama a atenção para a exposição solar. “Para se proteger, é preciso evitar as praias e balneários em horários entre 10h e 16h. O uso de roupas de mangas longas ou com filtro solar e chapéus ajuda a bloquear os raios solares”, diz. Também é necessário não esquecer do filtro solar, que deve ser reaplicado de duas em duas horas, ou até em menor período, caso a criança transpire muito ou se exponha mais à àgua.

Mesmo que a criança saiba nadar, é importante que a brincadeira seja monitorada. No caso das piscinas, os pequenos devem tomar banho em áreas adequadas conforme idade e altura. De acordo com o Corpo de Bombeiros do Ceará (CBMCE), o ideal é procurar informações sobre o local, profundidade e correnteza. Pais ou responsáveis devem observar crianças de perto, não permitindo que entrem sozinhas na água, principalmente em locais com correnteza.

O major Chailon Fonteles, comandante da 1ª Companhia de Salvamento Marítimo do Batalhão de Busca e Salvamento (1ª CSMAR/BBS), orienta que as famílias procurem tomar banho próximo a postos de salvamento. Outra dica é evitar adentrar ou mergulhar quando a água estiver acima da cintura. “Água no umbigo, sinal de perigo. Contudo, no caso de crianças a maior prevenção é estar junto delas no banho, ou seja, nunca devem estar sozinhas ou distante dos pais ou responsáveis, tanto em piscinas, praias, balneários, lagoas ou rios”, diz.

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