Festival Rede Brazucah celebra a diversidade e as diferentes trajetórias de vida em aproximadamente 20 curtas-metragens brasileiros
Filmes “Vestido de Laerte” e “Filhas de Lavadeiras” estão entre os destaques da programação que começa no dia 12 de julho
A Brazucah Produções promove, de 12 de julho a 22 de agosto de 2021, o Festival Rede Brazucah, que vai exibir gratuitamente cerca de 20 curtas-metragens brasileiros das mais diversas linguagens e gêneros pelo canal do Youtube do Cinesolar, disponível aqui. O evento é realizado em parceria com o Festival Curta Brasília, que há 10 anos é referência na promoção da linguagem audiovisual no país, e com a Sétima Cinema.
O festival propõe uma reflexão sobre pertencimento e diversidade, seja de gênero, geográfica ou de trajetória de vida, a partir de personagens e paisagens cinematográficas de todo o país. Os filmes serão divididos em três eixos temáticos, que ficarão disponíveis para acesso por duas semanas, com dois programas cada, conforme abaixo:
● Eixo Pontos de Vista – dividido entre os programas “Além das Polaridades” e “Mulheres – Todo Lugar é Nosso” – Exibição de 12 a 25 de julho;
● Eixo Local de Fala – com os programas “Ocupar o que é de Direito” e “Adolescer em 3 atos – Exibição de 26 de julho a 08 de agosto;
● Eixo Ambiental – que traz os programas “Originários – Nossas Raízes” e “Natureza Invisível”. Exibição de 09 a 22 de agosto
A seleção traz filmes de diversos estados brasileiros, como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná e Mato Grosso. Entre os destaques da programação, encontra-se a ficção “Vestido de Laerte”, dirigida por de Claudia Priscilla e Pedro Marques. Premiada no Festival de Brasília de 2012, o curta será exibido em sessão especial em homenagem à cartunista Laerte, por toda sua contribuição à cultura brasileira e ao debate sobre identidade de gênero no país.
Também merecem destaque o curta “Filhas de Lavadeiras”, de Edileuza Penha de Souza, vencedor do troféu de Melhor Curta Documental no Festival É Tudo Verdade de 2020, e o mineiro “Nada”, de Gabriel Martins, exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cinema de Cannes 2017.
“A programação foi pensada para celebrar a diversidade do cinema brasileiro e instigar o debate sobre diferentes visões de mundo. Sem dúvida alguma serão muitas horas de reflexão sobre temas urgentes da sociedade atual”, afirma Cynthia Alario, sócia e fundadora da Brazucah Produções.
O Festival Rede Brazucah é uma extensão das atividades do projeto de formação Rede Brazucah, da Brazucah Produções, que vem promovendo aulas de formação audiovisual e mídias sociais para jovens de escolas públicas de 13 a 18 anos. Neste ano, o projeto de formação contempla duas turmas: uma na cidade de São Paulo, formada por 20 estudantes da ETEC de Artes, vinculada ao Centro Paula Souza; e a outra por 60 jovens do município de São Gonçalo do Amarante, no Ceará.
Os trabalhos produzidos pelos alunos das duas turmas vão integrar uma programação especial do Festival Rede Brazucah.
Debates:
Com a proposta de instigar ainda mais a reflexão sobre as temáticas apresentadas nos curtas-metragens, ao final de cada programa será promovido um debate com a presença de realizadores dos filmes, estudantes da Rede Brazucah ou de pessoas ligadas ao tema.
Os encontros também serão transmitidos pelo canal do Youtube do Cinesolar, sempre às quintas-feiras, às 19h. A mediação será de Ana Arruda, diretora do Festival Curta Brasília. Todos os debates terão tradução em libras.
Patrocínio:
O Festival Rede Brazucah é viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio EDP e banco BV, com apoio do Centro Paula Souza, Instituto EDP, Instituto Votorantim e município de São Gonçalo do Amarante, e realização da Brazucah Produções, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Confira abaixo a seleção completa dos filmes que integram o Festival Rede Brazucah:
PROGRAMA 1 – Exibição de 12 a 25 de julho
Tema: PONTOS-DE-VISTA
ALÉM DAS POLARIDADES: a liberdade de ser quem somos, na fluidez entre gêneros e além das máscaras sociais.
Filmes exibidos:
1) Soccer Boys, de Carlos Guilherme Vogel – Rio de Janeiro – 14 anos – Documentário 2019 – Livre
Sinopse: “Enquanto se preparam para disputar a Taça da Diversidade, os jogadores do Beescats Soccer Boys discutem questões importantes com relação à homossexualidade no futebol e a homofobia na sociedade contemporânea. O filme acompanha André e Douglas, dois jogadores do primeiro time de futebol gay do Rio de Janeiro, os quais expõem as mudanças em suas vidas a partir do momento em que ingressaram no time e refletem sobre a forma como isso afeta o contexto mais amplo da discriminação sexual no Brasil.
2) Diamante, O Bailarina, de Pedro Jorge – São Paulo – 20 min – Ficção – 2016 – 12 anos
Sinopse: Voe como uma borboleta, ferroe como uma abelha.
3) Sangro, de Tiago Minamisawa, Bruno H Castro e Guto BR – São Paulo – 7 min- Animação – 2019 – 14 anos
Sinopse: Inspirado em uma história real, Sangro é a confissão íntima de uma pessoa que vive com HIV. Turbilhão de sentimentos. As primeiras sensações. Um filme em animação que busca desmistificar questões que sobrevivem até hoje no imaginário social em relação ao vírus.
4) Vestido de Laerte , de Claudia Priscilla – São Paulo – 13 min – Ficção – 2012- Livre
Sinopse: Laerte percorre um longo caminho pela cidade de São Paulo em busca de um certificado.
PROGRAMA 2 – Exibição de 12 a 25 de julho
Tema: PONTOS-DE-VISTA
MULHERES, TODO LUGAR É NOSSO: Do baile funk, brilham empreendedoras e artistas. Das lavadeiras, as novas gerações com reverência e novos trilhos. Nada aprisiona suas vozes. Mulheres, todo lugar é nosso.
Filmes exibidos:
1) Filhas de Lavadeiras, de Edileuza Penha de Souza – Distrito Federal – 23 minutos – Documentário – Livre
Sinopse: O documentário: “Filhas de Lavadeira” apresenta histórias de Mulheres Negras que graças ao trabalho árduo de suas mães puderam ir para escola e refazer os caminhos trilhados pelas suas antecessoras. Suas memórias, alegrias e tristezas, dores e poesias se fazem presente como possibilidades de um novo destino. Transformando o duro trabalho das lavadeiras em um espetáculo de vida e plenitude.
2) Beat é Protesto, de Mayara Efe – São Paulo – 23 min – Documentário- 2018 – 14 anos
Sinopse: Beat é Protesto – O funk pela ótica feminina é um documentário curta metragem, produzido unanimemente por uma equipe técnica feminina, que retrata a cena underground das mulheres no funk de protesto da última década de São Paulo.
3)Quando Elas Cantam, de Maria Fanchin – São Paulo – 28 min – Documentário – 2018 – Livre
Sinopse: Quando Elas Cantam” é um documentário sobre o projeto Voz Própria, desenvolvido por Carmina Juarez, que é voltado ao tratamento terapêutico de mulheres encarceradas a partir da articulação entre música e psicanálise. O filme acompanha de dentro da prisão os ensaios dessas mulheres para um show na Capela da Penitenciária Feminina de São Paulo.
PROGRAMA 3 – Exibição de 26 de julho a 08 de agosto
Tema: LOCAL DE FALA
OCUPAR O QUE É DE DIREITO: A busca e a reafirmação de nossas identidades e histórias – sobre racismos e narrativas, ocupações e pertencimentos.
Filmes exibidos:
1) Ruído Branco, de Gabriel Fonseca – São Paulo – 15 min – Documentário – 2019 – Livre
Sinopse: Através de uma linguagem poética, “Ruído Branco” busca refletir sobre os processos de embranquecimento que o Brasil sofreu durantes 130 anos, após a abolição da escravatura. Como isso atinge nossas descendências e dificulta a busca da identidade das pessoas negras em um país historicamente racista.
2) Estamos Todos Aqui, de Coletivo Bodoque – São Paulo – 19 min – Multilinguagem – 2017 – 14 anos
Sinopse: Rosa nunca foi Lucas. Expulsa de casa, ela precisa construir seu próprio barraco. O tempo urge enquanto um projeto de expansão do maior porto da América Latina avança, não só sobre Rosa, mas sobre todos os moradores da Favela da Prainha.
3) Quantos Eram pra Tá? , de Vinícius Silva – São Paulo – 29 min – Ficção – 2019 – 14 anos
Sinopse: Acompanhamos o cotidiano de três jovens estudantes da Universidade de São Paulo. Eles simbolizam uma primeira geração de estudantes negros que, graças à nova política educacional do governo, podem frequentar as melhores universidades públicas do país – lugares tradicionalmente reservados para uma elite branca.
PROGRAMA 4 – Exibição de 16 de julho a 08 de agosto
Tema: LOCAL DE FALA
ADOLESCER EM 3 ATOS – Adolescência em nuances – descobertas e decisões; rupturas, sonhos e firmeza nos novos caminhos.
Filmes exibidos:
1) Luiza, de Caio Baú – Paraná – 15 min – Documentário – 2017 – Livre
Sinopse: A delicada relação entre uma jovem deficiente e o universo que a cerca, tendo a sexualidade como fio condutor para abordar questões como preconceito, relações entre pais e filhos, superproteção da família, autonomia, diferenças e amor.
2) Nada, de Gabriel Martins – Minas Gerais – Ficção – 2017 – Livre
Sinopse: Bia acaba de completar a maioridade. O final do ano se aproxima e junto dele o Enem, A escola e os pais de Bia a pressionam para que ela decida em qual curso vai se inscrever. Bia não quer fazer nada.
3) Rebento, de Vinícius Eliziario – Bahia – 17 min – Ficção – 2018 – 10 anos
Sinopse: Zói, ao saber da gravidez de sua namorada, desata em si, sentimentos suspensos. Pedro, só queria terminar o desenho de sua família.
PROGRAMA 5 – Exibição de 09 a 22 de agosto
Tema: AMBIENTAL
ORIGINÁRIOS – NOSSAS RAÍZES – Somos natureza: por diversas etnias indígenas brasileiras, a resistência de gerações para a terra sagrada em rituais e atos.
Filmes exibidos:
1) Kerexu, de Denis Rodriguez e Leonardo Remor – Rio Grande do Sul – 19 min – Documentário – 2018 – Livre
Sinopse: Desde a coleta da argila nas margens do rio até a queima artesanal em forno e em fogo de chão, o filme acompanha o processo de produção da cerâmica tradicional no Sul do Brasil. Os conhecimentos passam pelas mãos de uma das últimas ceramistas guaranis na região, Kerexu Jera Poty.
2) Majur, de Rafael Irineu, Mato Grosso – 20 min – Documentário – Livre
Sinopse: Conheça Majur, chefe de comunicação de uma aldeia no interior de Mato Grosso. O documentário mostra um recorte de um ano de sua vida.
3) Mãtãnãg, A Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho – Minas Gerais – 14 min – Animação – 2019 – Livre
Sinopse: A índia Mãtãnãg segue o espírito de seu marido, morto picado por uma cobra, até a aldeia dos mortos. Juntos eles superam os obstáculos que separam o mundo terreno do mundo espiritual. Uma vez na terra dos espíritos, as coisas são diferentes: outros modos regem o sobrenatural. Mas Mãtãnãg não está morta e sua alma deve retornar ao convívio dos vivos. De volta à sua aldeia, reunida a seus parentes, novas vicissitudes durante um ritual proporcionarão a oportunidade para que mais uma vez vivos e mortos se reencontrem. Falado em língua Maxakali e legendado, Mãtãnãg se baseia em uma história tradicional do povo Maxakali. As ilustrações para o filme foram realizadas em oficina na Aldeia Verde, no município de Ladainha, em Minas Gerais.
PROGRAMA 6 – Exibição de 02 a 22 de agosto
Tema: AMBIENTAL
NATUREZA INVISÍVEL – Mesmo diante da ameaça humana por vezes desconectada de sua origem e do todo, outras dimensões se revelam em imagens, mostrando a força sutil e poderosa das florestas.
Filmes exibidos:
1) O Homem Planta, de Pedro Severien e William Paiva – Pernambuco – 21 min – Animação – 2011 – Livre
Sinopse: O Homem Planta é a história de uma criatura metade humana, metade plante, produto de uma experiência científica que funde o que de melhor os humanos e as plantas têm a oferecer. Infelizmente, o mundo ainda não está preparado para aceitar uma criatura tão estranha.
2) Plantae, de Guilherme Gehr – Rio de Janeiro – 10 min – Animação – 2019 – Livre
Sinopse: Ao cortar uma grande árvore no interior da floresta, um madeireiro contempla uma inesperada reação da natureza. Uma reflexão sobre as consequências irreversíveis do desmatamento e da subjugação lamentável dos humanos aos demais seres da Terra.
3) Caminho dos Gigantes, de Alois Di Leo – São Paulo – 12 min – Animação – 2016 – Livre
Sinopse: Em uma floresta de árvores gigantes, Oquirá, uma indígena de seis anos, vai desafiar o destino e entender o ciclo da vida.
Sobre a Brazucah Produções:
Criada em 2002, a Brazucah Produções atua no desenvolvimento de projetos culturais em audiovisual por meio de parceria com organizações, empresas e marcas. Transformando espaços públicos em salas de cinema ao ar livre, a empresa promove a democratização e a difusão audiovisual e estabelece pontes entre o cinema brasileiro e o público de todas as regiões do país.
Aliando cultura e sustentabilidade, a Brazucah tem como principais projetos o CINE AUTORAMA, cinema drive-in mais bem-sucedido do país, com mais de 180 eventos que impactaram aproximadamente 42 mil pessoas de todo o Brasil; e o CINESOLAR, pioneiro no cinema itinerante movido a energia renovável e que leva a experiência das telonas para comunidades afastadas de todo o país e carentes de projetos culturais. Até o momento, este projeto já impactou cerca de 200 mil pessoas em mais de 1000 sessões.
Há ainda o CINEB SOLAR, um circuito gratuito de exibição de filmes brasileiros em espaços comunitários e em universidades. Durante a pandemia, este projeto se reinventou e passou a realizar projeção nas paredes dos condomínios, possibilitando que os moradores assistam às sessões sem sair de casa. A Brazucah promove também oficinas, ciclo de debates, palestras e cursos de capacitação para jovens e adultos. Um exemplo disso é a REDE BRAZUCAH, projeto que alia cinema e educação para que alunos e professores possam produzir sessões e mediar debates em suas escolas utilizando o audiovisual como ferramenta pedagógica.
Sobre a EDP no Brasil
Com mais de 20 anos de atuação, a EDP é uma das maiores empresas privadas do setor elétrico a operar em toda a cadeia de valor. A Companhia, que tem mais de 10 mil colaboradores diretos e terceirizados, possui seis unidades de geração hidrelétrica e uma termelétrica, além de atuar em Transmissão, Comercialização e Serviços de Energia. Em Distribuição, atende cerca de 3,5 milhões de clientes em São Paulo e no Espírito Santo, além de ser a principal acionista da Celesc, em Santa Catarina. Foi eleita em 2020 a empresa mais inovadora do setor elétrico pelo ranking Valor Inovação, do jornal Valor Econômico, e é referência em Governança e Sustentabilidade, estando há 15 anos consecutivos no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3
Sobre o banco BV
O banco BV é uma das maiores instituições financeiras do país em ativos e atua nos segmentos de Varejo, Corporate Banking, Investment Banking, Asset Management e Private Banking. O banco é um dos líderes em financiamento de veículos leves usados e, por meio do BV Lab, seu braço de inovação, é um dos principais parceiros das startups. O BV está comprometido com os pilares ESG, contribuindo para o desenvolvimento social e reduzindo o impacto ambiental. O banco compensa sua emissão de carbono e, desde janeiro de 2021, neutraliza a emissão dos veículos que são financiados pela instituição, sua principal linha de negócios. O BV apoia o esporte e patrocina atletas de alto rendimento nas modalidades judô e skate. bancobv.com.br
Sobre o Festival Curta Brasília:
O Festival Curta Brasília completa 10 anos em 2021 e já faz parte do calendário oficial de festivais de cinema brasileiro. Sempre dando destaque para produções que contempla temáticas de diversidade, seja de gênero, social, de trajetória de vida ou geográfica, o Curta Brasília conta com a parceria da Brazucah Produções desde sua primeira edição, tendo itinerância nas exibições do Cinesolar e também estreando na parceria on-line do Festival Rede Brazucah.
O Curta Brasília contribui ainda na formação cultural e audiovisual da população do Distrito Federal ao exibir filmes da recente safra brasiliense, de outras localidades do país, bem como produções internacionais de destaque neste formato. É responsável ainda por estimular a formação de plateia para obras em curta-metragem, além de revelar um panorama do que está sendo pensado, produzido e registrado a partir de olhares de cineastas de todo o Brasil e demais países convidados.