Cinema & Documentário

Filme “O Barco”, dirigido por Petrus Cariry, estreia dia 5 de novembro nos cinemas

Após passar por mais de 20 festivais nacionais e internacionais, premiado longa-metragem cearense terá lançamento comercial no Brasil

Atores Rômulo Braga e Samya de Lavor em “O Barco” (Créditos: Divulgação/Petrus Cariry)

A estreia de “O Barco”, quarto longa-metragem dirigido pelo cineasta cearense Petrus Cariry, acaba de ser agendada para o dia 5 de novembro pela Sereia Distribuidora. Após extensa passagem por mostras e festivais de cinema, o drama familiar acumulou 14 prêmios desde a sua primeira exibição no Festival Cine Ceará 2018, onde foi reconhecido como Melhor Filme pelo júri universitário, Melhor Fotografia, Melhor Som e Melhor Trilha Sonora.

Em “O Barco”, Esmerina (Verônica Cavalcanti) é mãe de 26 filhos, cada um chamado por uma letra do alfabeto. A família leva uma vida pacata em uma vila de pescadores até que um barco naufraga trazendo Ana (Samya de Lavor), uma misteriosa mulher que vai mudar a rotina da família. O mais afetado é o filho A (Rômulo Braga), o mais velho da prole, que desperta para a vontade de romper com o lugar onde passou sua vida inteira para, finalmente, conhecer o mundo. O elenco ainda conta com a participação dos atores paraibanos Everaldo Pontes, que interpreta um velho sábio da vila, e Nanego Lira, como o patriarca da família.

A história é inspirada no conto homônimo do escritor cearense Carlos Emílio Corrêa Lima, que foi adaptado para o cinema pelo próprio diretor em parceria com Rosemberg Cariry e Firmino Holanda (também montador do filme). A produção executiva é de Bárbara Cariry, a direção de produção de Teta Maia e a trilha sonora original de João Victor Barroso. “O Barco” é uma produção da Iluminura Filmes e foi gravado durante quatro semanas no cenário paradisíaco da Praia das Fontes, reunindo uma equipe técnica formada, em sua maioria, por profissionais cearenses.

Para Petrus Cariry, lançar um filme nas salas de cinema é sempre um desafio para realizadores autorais. “Essa é mais uma conquista que temos com ‘O Barco’, um filme que nos instigou e desafiou desde o primeiro momento de sua concepção. A trajetória que tivemos até aqui foi bastante rica e abriu espaço para diálogos sobre as histórias que temos interesse em contar e, sobretudo, pela história que o cinema cearense está contando dentro da filmografia brasileira”, afirma o cineasta.

Além de diretor, roteirista e montador, Petrus também assina a direção de fotografia, trabalho que foi premiado no Islantilla Cineforum (Espanha), no 3º Rivne International Film Festival (Ucrânia), no Rio Fantastik Festival (Brasil), no  Festicini 2018 – Festival Internacional de Cinema Independente (Brasil) e no 13º Encontro Nacional de Cinema dos Sertões (Brasil). “O Barco” também foi exibido em festivais e mostras dos Estados Unidos, Alemanha, Itália, Nigéria, México, Chile, Colômbia e Portugal.

SINOPSE OFICIAL

Em uma vila de pescadores mora Esmerina, uma mulher que tem 26 filhos. O filho mais velho intimamente deseja partir e descobrir o mundo além do mar. O cotidiano desta família é bruscamente alterado a partir da chegada de um misterioso barco que encalha na praia e de Ana, uma moça que sobreviveu ao naufrágio.

FICHA TÉCNICA

O Barco – 2018

Título Inglês: The Boat

Duração: 72 minutos

País: Brasil

Cor: Colorido

Bitola: DCP

Aspecto da Janela: 1:2,39 Scope

Som: Dolby Digital 5.1

Idioma: Português

Direção: Petrus Cariry

Elenco: Rômulo Braga, Samya de Lavor, Verônica Cavalcanti, Everaldo Pontes e Nanego Lira.

Produção Executiva: Bárbara Cariry

Roteiro: Petrus Cariry, Firmino Holanda e Rosemberg Cariry

Fotografia: Petrus Cariry

Montagem: Petrus Cariry e Firmino Holanda

Mixagem e desenho de som: Érico Paiva

Trilha Musical: João Victor Barroso

Som Direto: Yures Viana

Direção de Produção: Teta Maia

Produtora: Iluminura Filmes

FESTIVAIS E PRÊMIOS DE “O BARCO”

42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (Brasil)

13º Sunscreen International Film Festival (EUA)

25º Oldenburg International Film Festival (Alemanha)

25º Lleida Latin-American Film Festival (Espanha)

33º Trieste Festival of Latin-American Cinema (Itália)

Interrobang Film Festival 2018 (EUA)

Islantilla Cineforum 2018 (Espanha) – Melhor Fotografia

28º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema (Brasil) – Melhor Filme pelo júri universitário, Melhor Fotografia, Melhor Som e Melhor Trilha Sonora

3º Rivne International Film Festival (Ucrânia) – Melhor Fotografia

Realtime International Film Festival 2018 (Nigéria)

3º Festival Internacional Cine de América (México)

14º FECIR – Festival Internacional de Cine Rengo (Chile)

15º Fantaspoa – Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre (Brasil)

10º International Film Festival Santander (Colômbia)

24º Caminhos Film Festival (Portugal)

10º AFRIFF – Africa International Film Festival (Nigéria)

9º Cinefantasy – Festival Internacional de Cinema Fantástico (Brasil) – Melhor Direção

Rio Fantastik Festival 2018 (Brasil) – Prêmio Especial de Fotografia

Festicini 2018 – Festival Internacional de Cinema Independente (Brasil) – Melhor Fotografia

Morce-GO Vermelho 2019 – Goiás Horror Film Festival (Brasil) – Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator

13º Encontro Nacional de Cinema dos Sertões (Brasil) – Melhor Fotografia e Melhor Direção de Arte

FILMOGRAFIA DE PETRUS CARIRY

Longas-metragens:

Mais Pesado que o Céu (2022) – em produção | A Jangada de Welles (2019) – codireção Firmino Holanda | O Barco (2018) | Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois (2015) | Mãe e Filha (2011) | O Grão (2007)

Curtas-metragens:

O Som do Tempo (2010) | A Montanha Mágica (2009) | Quando o Vento Sopra (2008) | Reisado Miudim (2008) | Dos Restos e das Solidões (2006) | A Velha e o Mar (2005) | Cidadão Jacaré (2005) – codireção Firmino Holanda | Uma Jangada Chamada Bruna (2004) | A Ordem dos Penitentes (2002)

SOBRE PETRUS CARIRY

Petrus Cariry nasceu no Ceará, em 1977. Realizou nove curtas-metragens entre 2002 e 2010, como “A Velha e o Mar”, “Dos Restos e das Solidões” e “A Montanha Mágica”. Em 2007, dirigiu o drama familiar “O Grão”, seu primeiro longa-metragem que deu início ao que intitulou de Trilogia da Morte, composta também por “Mãe e Filha” (2011) e “Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois” (2015). Seus primeiros longas ganharam juntos mais de 70 prêmios em festivais de cinemas nacionais e internacionais. Depois de “O Barco”, dirigiu o documentário “A Jangada de Welles” (2019) ao lado de Firmino Holanda, ainda inédito em circuito comercial. Atualmente prepara-se para rodar o filme de estrada “Mais Pesado que o Céu” (2022).