HGWA reforça conscientização e prevenção na “Semana do AVC”
Considerada a segunda principal causa de mortes no Brasil, o acidente vascular cerebral (AVC) terá, na próxima sexta-feira (29), uma data significativa, o Dia Mundial do AVC. A iniciativa é um alerta sobre a condição e como preveni-la. O Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), possui uma ala destinada a pacientes com AVC, se tornando referência no tratamento na capital cearense, com 33 leitos de internação e cerca de 90 pacientes por mês.
Para conscientizar sobre os perigos do acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como derrame, e orientar pacientes e familiares em relação aos cuidados, a unidade promove a Semana de Conscientização e Prevenção do AVC. A programação conta com palestra, divulgação institucional e reforço de diversas campanhas.
Desta terça (26) até sexta-feira (29), diversos vídeos sobre AVC serão veiculados nas televisões internas – destinadas a colaboradores e pacientes. Na quinta-feira (28), será realizada uma palestra com a neurologista Gabriela Joca. O bate-papo ocorrerá às 10h com os familiares dos pacientes internados. Já na sexta (29), a data será lembrada com um almoço temático no refeitório da unidade.
De acordo com a médica coordenadora das Clínicas Médicas do HGWA, Andréa Gondim, a unidade de AVC recebe pacientes procedentes das emergências de Fortaleza, com diagnóstico de AVC em sua fase subaguda, para reabilitação precoce, a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida a estas pessoas. O equipamento também identifica as causas e propõe tratamento de acordo com cada paciente, buscando a prevenção de novos eventos.
No perfil de pacientes recebidos pelo HGWA, 70% são idosos, com equidade de gênero. “O paciente é acompanhado por equipe multiprofissional: médico, equipe de Enfermagem, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, farmacêutico, psicólogo e assistente social, para oferecer reabilitação precoce e para desospitalização desses pacientes ao seu ambiente familiar”, detalha Gondim.
A jovem Daniele Maria, 23, é acompanhante da bisavó, Joana Nascimento, 93, que está internada no hospital. Acometida com um AVC há cinco anos, a idosa foi novamente diagnosticada com a condição – desta vez, de forma mais agressiva. Joana permanece em acompanhamento há cerca de 21 dias. A bisneta percebe os avanços com o tratamento. “Aquim ela recebe fisioterapia, cuidados que eu não conseguiria dar em casa. Todos os cuidados necessários ela vem recebendo. Isso vem dando força para que eu possa cuidar dela também. Aqui, eu posso aprender melhor sobre o AVC”, diz Daniele.
Fique atento aos sinais
Acompanhando os diversos casos da clínica, Andréa Gondim deixa o alerta para a população. Os sintomas de acidente vascular cerebral incluem dificuldade para andar, falar e compreender, bem como paralisia ou dormência da face, do braço ou da perna.
“AVC é a segunda maior causa de mortalidade no Brasil e o principal motivo de incapacidade no mundo. Por isso, é importante a sensibilização e oferecer acesso à informação aos usuários, porque se os sinais do AVC forem reconhecidos rapidamente, é possível oferecer ao paciente tratamentos eficazes e acesso à reabilitação precoce. Também é importante que eles conheçam as formas de prevenção da doença”, pontua a médica.