Cinema & Documentário

Longa de Felipe Sholl, RUAS DA GLÓRIA conclui filmagens no Rio de Janeiro

Drama sobre afetos LGBTQIAP+ conta com produção da Syndrome Films; lançamento previsto para 2024 será feito pela Vitrine Filmes

Novo longa-metragem do diretor e roteirista Felipe Sholl, RUAS DA GLÓRIA encerra as filmagens no Rio de Janeiro. Tendo a Cinelândia, Glória e Lapa como algumas das principais locações, o filme é produzido por Daniel van Hoogstraten, da Syndrome Films, em coprodução com a RioFilme – Prefeitura do Rio de Janeiro e o Telecine. A distribuição fica por conta da Vitrine Filmes, com planos de lançá-lo em 2024.A história acompanha Gabriel (interpretado por Caio Macedo), um rapaz do Recife que decide se mudar para o Rio de Janeiro após o falecimento da avó. Após a chegada, apaixona-se perdidamente por Adriano (Alejandro Claveaux), um exuberante e misterioso garoto de programa vindo do Uruguai. No núcleo central, também estão Mônica (Diva Menner), mulher trans que gerencia o Bar da Glória, Laila (Jade Sassará), Mateus (Alan Ribeiro) e Roger (Sandro Aliprandini), garota e garotos de programa, sendo eles também companheiros de Mônica.Ainda que seja um projeto de ficção, a produção faz uso de características da linguagem documental com o propósito de alcançar maior veracidade para a história. Para isso, o filme mergulha na atmosfera das locações reais, usando como suporte a fotografia apurada, de Léo Bittencourt, em sincronia com o realismo.RUAS DA GLÓRIA é o segundo longa-metragem do diretor de Felipe Sholl, que causou forte impressão com sua estreia em “Fala Comigo” (2016) e também com a autoria em roteiros como os de “Hoje” (2011), “Trinta” (2014), “M-8: Quando a Morte Socorre a Vida” (2019) e “Casa de Antiguidades” (2020). Nesta nova parceria com Daniel van Hoogstraten, produtor por trás do filme, Felipe prioriza um projeto em que a diversidade de suas cabeças de produção e do elenco são pilares fundamentais para a concepção de uma história sobre descobertas e relações afetivas em espaços não convencionais.
Caio Macedo e Alejandro Claveaux (Crédito: Íra Barillo)
Sinopse
Gabriel cresceu no Recife, criado pela avó, depois que a mãe morreu e seu pai o abandonou. Ele teve uma vida boa, com conforto e dinheiro. Quando sua avó morre e o pai herda tudo, ele decide largar Recife e vai para o Rio de Janeiro. Assim que chega na cidade, ele se apaixona perdidamente por Adriano, um garoto de programa uruguaio, lindíssimo e misterioso. Ele também faz novos amigos: Mônica, uma mulher trans, dona do Bar da Glória, Laila, Mateus e Roger. Quando Adriano some, Gabriel começa uma jornada de investigação que o faz adentrar cada vez mais no mundo dos garotos de programa e da vida noturna das Ruas da Glória.Ficha Técnica
Direção e Roteiro:
 Felipe Sholl
Produção: Syndrome Films
Coprodução: RioFilme e Telecine
Produtor: Daniel van Hoogstraten
Produção Executiva: Carlos Eduardo Valinoti e Daniel van Hoogstraten
Fotografia: Leo Bittencourt
Direção de Arte: Fernanda Teixeira
Som: Fabio Canetti
Montagem: Luisa Marques
Figurino: Ana Carolina Lopes
Caracterização e Visagismo: Marcos Freire e Bob Paulino
Elenco: Caio Macedo, Alejandro Claveaux, Diva Menner, Alan Ribeiro, Jade Sassará, Sandro Aliprandini, Maria Eduarda de Carvalho, Caio Scot, Rafael d’Avila, Ernesto Piccolo, Edmilson Barros, Daniel Rangel, Wilson Rabelo, Robson Torinni, Lucas Drummond, Vinicius Teixeira, Leonardo Netto, Clarisse Zarvos, Bruna Trindade, Camilla Menezes, Victor Hugo Guimarães, Fernanda Ribeiro, Kira Arantes, Ygor Valadares, Romeo Andona Wendt, Jef Lyrio, Abiud Jose, Francisco Terra e Sky a Super Drag
País: Brasil
Ano: 2024Sobre Felipe Sholl
Nasceu em 1982 no Rio de Janeiro. Seu primeiro longa, “Fala Comigo”, ganhou os prêmios de Melhor Filme e Melhor Atriz no Festival do Rio 2016 e foi exibido no BAFICI 2017 e no Festival de Havana 2017. Como projeto, “Fala Comigo” participou da Residência da Cinéfondation do Festival de Cannes, do Berlinale Talent Project Market e do Buenos Aires Lab (BAL/BAFICI). O primeiro curta de Felipe como diretor, “Tá” (2007), foi exibido no Festival de Berlim e ganhou o Teddy Award de Melhor Curta (para filmes LGBT) em 2008. Como roteirista, Felipe é creditado em dez títulos lançados e cinco em produção, incluindo “O Traidor”, de Marco Bellocchio (selecionado para a Competição Oficial do Festival de Cannes 2019), “Casa de Antiguidades”, de João Paulo Miranda Maria (Cannes 2020), “M-8: Quando a Morte Socorre a Vida”, de Jefferson De (Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de Melhor Roteiro Adaptado 2021), “Histórias que só Existem Quando Lembradas” (2011), de Julia Murat (exibido nos festivais de Veneza, Toronto e San Sebastián), “Campo Grande” (2015), de Sandra Kogut, exibido nos festivais de Toronto e do Rio; “Hoje”, de Tata Amaral, ganhador de cinco Candangos no Festival de Brasília, incluindo Melhor Roteiro e Melhor Filme; bem como as séries “Vítimas Digitais” (GNT, 2019), “O Renegado” (GloboPlay, 2020) e “How To Be A Carioca” (Disney/Star+, 2023). Felipe é formado em Jornalismo pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e em Roteiro pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro.Sobre a Syndrome Films
Produtora brasileira independente de conteúdos com excelência artística, reconhecidos nacional e internacionalmente. Seus títulos incluem “Diamantino” (2018), de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, coprodução Portugal/França/Brasil vencedora do Grande Prêmio da Semana da Crítica no Festival de Cannes 2018; “Tuã Ingugu” (2019), de Daniela Thomas com estreia mundial no Festival Internacional de Roma 2019; “Fala Comigo” (2016), de Felipe Sholl, vencedor dos prêmios de Melhor Filme e Melhor Atriz no Festival do Rio 2016; “Tá” (2007), também de Felipe Sholl, vencedor do Teddy Award de Melhor Curta-Metragem na Berlinale 2018; “Pendular” (2017), de Julia Murat, uma coprodução Brasil/Argentina/França, ganhador do prêmio FIPRESCI no Festival de Berlim 2017; “Relatos do Front” (2018), de Renato Martins, entre outros.Sobre a RioFilme
A RioFilme é uma empresa da Prefeitura do Rio de Janeiro e atua nas áreas de distribuição, apoio à expansão do mercado exibidor, estímulo à formação de público e fomento à produção audiovisual, visando o efetivo desenvolvimento da indústria audiovisual carioca.Sobre a Vitrine Filmes
A Vitrine Filmes, desde 2010, já distribuiu mais de 200 filmes e alcançou milhares de espectadores apenas nos cinemas do Brasil. Entre seus maiores sucessos estão “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019; “O Processo”, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional; e “Druk – Mais Uma Rodada”, de Thomas Vinterberg, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2021.Em 2020, a Vitrine Filmes iniciou um novo ciclo de expansão e renovação. Entre as iniciativas, o lançamento da Vitrine España, que produz e distribui longas-metragens na Europa; o Vitrine Lab, curso online sobre distribuição cinematográfica, vencedor do prêmio de distribuição inovadora do Gotebörg Film Fund 2021; a Vitrine Produções, para o desenvolvimento e produção de títulos brasileiros; e, em 2022, a criação do selo Manequim, focado na distribuição de filmes com apelo a um público mais amplo.Na produção, o primeiro lançamento, “Amigo Secreto” (DocLisboa 2022), de Maria Augusta Ramos, que teve mais de 15 mil espectadores no Brasil; o romance adolescente “Jogada Ensaiada”, de Mayara Aguiar, em desenvolvimento; “O Nosso Pai”, curta de Anna Muylaert exibido no Festival de Brasília; e “Caigan Las Rosas Blancas” (White Roses, Fall!), de Albertina Carri, a continuação de “Las Hijas del Fuego”, distribuído pela Vitrine Filmes em 2019.Em 2023, a Vitrine Filmes apresenta ainda mais novidades para a produção e distribuição audiovisual. Entre as estreias, estão confirmados para os próximos meses a animação “Perlimps”, de Alê Abreu; “Bem-vinda, Violeta!”, de Fernando Fraiha; e o vencedor do Festival de Gramado “Noites Alienígenas”, de Sérgio de Carvalho.Já a Sessão Vitrine, projeto inovador de formação de público e distribuição coletiva de produções e coproduções brasileiras em salas de cinema comerciais, terá, em 2023, o patrocínio do PROAC. O filme “Mato Seco em Chamas”, de Adirley Queirós e Joana Pimenta, exibido no Festival de Berlim e premiado no Festival do Rio e no Festival de Brasília, abriu esta edição, que teve também “Medusa”, de Anita Rocha da Silveira, exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes e premiado no Festival do Rio; e “Rio Doce”, de Fellipe Fernandes.