Março amarelo: especialista orienta como identificar endometriose
Neste mês, ocorre a campanha mundial do “Março Amarelo”, destinada à conscientização da endometriose, uma doença que atinge cerca de 10% a 15% das mulheres em idade fértil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada dez mulheres possui algum tipo de endometriose no Brasil.
Trata-se de uma doença inflamatória provocada por células do endométrio (tecido que reveste o útero) que, ao invés de serem expelidas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.
Segundo Felipe Frota, ginecologista e obstetra do Hospital São Camilo Fortaleza, cólicas menstruais intensas, dor pélvica, dores durante as relações sexuais são os sintomas mais comuns que exigem alerta. “É preciso procurar um especialista ao identificar os sintomas porque a doença pode evoluir e por isso é importante o diagnóstico precoce para fazer o tratamento”.
O tratamento é feito à base de medicamentos, como anticoncepcionais. É recomendada a adoção de hábitos saudáveis, alimentação equilibrada, atividade física e consultas regulares ao ginecologista, a fim de prevenir e reduzir os fatores de risco da doença.
O ginecologista compartilha que existem diversos mitos sobre o assunto. “Muitos acreditam que a endometriose vira câncer, mas não há uma relação de causalidade entre ambos. Outro mito é que toda mulher que possui a doença é infértil e que é necessário retirar o útero. A doença pode levar à infertilidade, mas não necessariamente. Além disso, essa particularidade pode ser revertida por meio de tratamentos específicos. São mitos que assustam muitas pessoas e é importante ir a um especialista para responder suas dúvidas”, esclarece Felipe Frota.