Março Vermelho: Urologista esclarece que a doença é de difícil detecção por conta de sinais assintomáticos no início
O câncer renal, também conhecido como câncer de rim, é uma das neoplasias mais silenciosas e desafiadoras de diagnosticar precocemente. No Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 12 mil novos casos de câncer renal sejam diagnosticados entre 2023 e 2025. O grande desafio é que, em sua fase inicial, a doença costuma ser assintomática, dificultando o diagnóstico precoce e aumentando os riscos de descoberta em estágios avançados. O rim é responsável por filtrar os resíduos e fluidos em excesso no sangue
O câncer renal tem maior incidência em pessoas idosas e pode estar associado a alterações genéticas e histórico familiar da doença. De 2019 a 2021, de acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, foram registrados mais de 10 mil óbitos em razão da doença.
“Embora os sintomas sejam raros no início, em estágios mais avançados, a doença pode se manifestar por meio de sinais como sangue na urina, dor lombar persistente, fadiga, anemia, perda de peso inexplicada e pressão alta descontrolada”, é o que explica o médico Everaldo Moura, Urologista do CRIO.
Campanha de conscientização
O Março Vermelho é uma campanha dedicada à conscientização sobre o câncer renal, reforçando a importância do diagnóstico precoce e da adoção de hábitos saudáveis para reduzir os riscos da doença. “O câncer renal atinge, principalmente, homens entre 50 e 70 anos.
Diagnóstico e tratamento
A detecção precoce do câncer renal acontece, na maioria das vezes, de forma incidental, durante exames de rotina como ultrassonografia abdominal e tomografia computadorizada, solicitados por outros motivos de saúde. Por isso, o acompanhamento médico regular é essencial, principalmente para pessoas dentro dos grupos de risco.
O tratamento do câncer renal pode envolver cirurgia para remoção do tumor ou do rim afetado, terapias-alvo e imunoterapia, dependendo do estágio da doença. O avanço das técnicas médicas tem possibilitado abordagens menos invasivas e com melhores taxas de sucesso.