Outubro Rosa – Resgate da qualidade de vida e saúde da mulher
“Quando falamos em saúde da mulher, temos que enxergá-la em sua integridade e complexidade”
Outubro chegou e, com ele, o movimento mundialmente reconhecido, Outubro Rosa. Embora tenha foco no câncer de mama, a campanha também alerta a sociedade sobre os diversos problemas de saúde e distúrbios relacionados ao universo feminino. A saúde da mulher é complexa e envolve dimensões físicas, emocionais e sociais, por isso é válido ampliar o significado do Outubro Rosa, com questões de saúde que afetam as mulheres em todas as fases de suas vidas. É o que defendem as médicas Andreisa Bilhar, Kathiane Lustosa e Sara Arcanjo, diretoras da Clínica Salvata, espaço de referência em Fortaleza sobre a saúde e qualidade de vida da mulher.
Muito mais que uma campanha de conscientização sobre o câncer de mama, o Outubro Rosa é um lembrete poderoso para que as mulheres percebam que precisam cuidar mais de si mesmas, já que ficam à frente dos cuidados de outros membros da família, seja pais, filhos ou maridos e acabam deixando a própria saúde em segundo plano. “Consultas e exames periódicos preventivos não podem ser negligenciados”, reforça a médica Andreisa Bilhar.
Entre os tipos de câncer que mais atingem as mulheres, estão o de pulmão, de mama e de colo de útero. “O câncer costuma apresentar sintomas quando está muito avançado, por isso, sempre reforçamos a importância dos exames preventivos. Quanto mais cedo for detectado, maiores as chances de cura”, destaca a médica Kathiane Lustosa.
A incontinência urinária também está na lista das doenças que mais acometem as mulheres. Segundo dados do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), aproximadamente 10 milhões de brasileiros apresentam algum grau de incontinência urinária, sendo 45% das mulheres e 15% dos homens acima dos 40 anos. Nos idosos, a incidência é maior, atingindo uma em cada três pessoas. “Embora mais rara, a incontinência urinária também pode ocorrer com os jovens, especialmente com os que praticam atividades de impacto, que podem ocasionar lesões no assoalho pélvico”, explica Dra. Sara Arcanjo.
Outros agravos que acometem as mulheres são a infecção urinária, a fibromialgia, a depressão, a obesidade e a endometriose. Estima-se que 30% a 40% das mulheres que sofrem de endometriose têm infertilidade. “É uma doença de caráter genético e epigenético, por isso é tão comum e, por ser inflamatória, causa dores muito fortes, mas em alguns casos a endometriose também pode ser silenciosa, por isso é tão importante consultas regulares ao ginecologista”, orienta Dra. Kathiane.
Doenças isquêmicas do coração, como o infarto, são as principais causas de morte de mulheres, segundo dados do Global Burden of Diseases (GBD). E o principal fator de risco para a incidência dessas doenças é a pressão alta, cuja recomendação é que não passe dos 13 por 8. Embora seja considerada uma doença silenciosa, entre os sintomas mais comuns estão enjoos, tonturas, cansaço, visão embaçada, dificuldade para respirar, dor no peito, dor de cabeça forte, sangramento pelo nariz, zumbido nos ouvidos e ansiedade excessiva.
A questão da mortalidade materna também demanda atenção. Segundo dados preliminares do Ministério da Saúde analisados pelo Observatório Obstétrico Brasileiro, os óbitos de gestantes em 2021 quase dobraram em relação a 2019. Houve 110 mortes de mulheres a cada 100 mil nascidos vivos. Entre os principais pontos apontados pela Dra. Sara Arcanjo, estão a falta de pré-natal adequado, o atraso vacinal e a demora em reconhecer as gestantes como grupo de alto risco. “Precisamos incentivar e apoiar a atenção básica. A mortalidade materna é fortemente influenciada pelas condições socioeconômicas”, frisa a médica.
“Quando falamos em saúde da mulher, temos que enxergá-la em sua integridade e complexidade. Problemas físicos, muitas vezes, podem estar relacionados ao emocional. Nós, enquanto profissionais da saúde, precisamos atuar em conjunto para aumentar a qualidade de vida das nossas pacientes”, finaliza Dra. Andreisa Bilhar.
Saiba mais sobre a Clínica Salvata
Localizada em Fortaleza, a Clínica Salvata é referência no cuidado com a saúde e qualidade de vida da mulher. Com as médicas Andreisa Bilhar, Kathiane Lustosa e Sara Arcanjo à frente, a clínica é especializada em cuidar da mulher de forma multidisciplinar, contando com profissionais de diversas áreas de atuação e oferecendo consultas médicas e nutricionais, exames de imagem e fisioterapia pélvica. Com um cuidado especial para as mulheres que sofrem com doenças como endometriose, incontinência urinária, prolapsos vaginais e miomas uterinos.