Varizes acometem até 50% dos brasileiros e cuidados devem ser redobrados neste período de pandemia

Varizes são veias doentes, dilatadas, tortuosas e superficiais nas pernas ou coxas que afetam cerca de 25 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

A doença tem fatores predisponentes, entre os quais a hereditariedade e as alterações hormonais. No Brasil, o problema chega a acometer até 50% das pessoas e os relatos tiveram uma crescente neste período pandêmico.

De acordo com a cirurgiã- vascular, Dra. Jovita Veras, foi percebido um aumento pelas queixas de varizes entre os cearenses, principalmente neste momento em que muitos tiveram que aderir ao home office.

“Com as medidas de restrição de combate à pandemia muitas empresas adotaram o home office, que associado ao sedentarismo e a uma alimentação inadequada está causando um aumento no surgimento de dor e inchaço nas pernas, bem como o aparecimento de veias varicosas. E o cuidado deve ser redobrado, pois a falta de movimentação nas pernas também favorece à ocorrência de trombose ”, conta.

Dra. Jovita explica que: as varizes são veias dilatadas, tortuosas e que não exercem mais sua função adequadamente, que é o retorno do sangue de volta ao coração.

Acomete mais mulheres que homens, sendo os principais fatores de risco a hereditariedade, idade avançada, obesidade, tempo prolongado na posição em pé ou sentado, uso de anticoncepcionais orais, gravidez e constipação intestinal.

Em relação aos sintomas, as varizes podem causar dor nas pernas do tipo “em peso”, “cansada”, inchaço principalmente ao final do dia, caimbras e queimação nas pernas e pés.

“Se não tratadas as varizes podem evoluir para um quadro de insuficiência venosa crônica caracterizada por manchas escuras nas pernas, chamadas de dermatite ocre, e úlceras venosas, que são feridas de difícil cicatrização”, alerta.

Para evitar o aparecimento de varizes ou controlar os sintomas para quem já tem o problema, a cirurgiã vascular listou algumas dicas importantes:

• Evite permanecer em pé ou sentado por períodos maiores que 2 ou 3 horas. Caso seja inevitável, faça uso de meias de compressão ou caminhe por alguns minutos para ativar a circulação.
• Mantenha um peso adequado, através de uma alimentação balanceada.
• Pratique exercícios físicos de baixo impacto e que fortaleçam a musculatura das pernas, como musculação, pilates e bicicleta.
• Sempre que possível tenha ao longo do dia breves períodos de repouso com as pernas elevadas.