Vendas no Brasil durante Dia dos Namorados devem movimentar R$ 1,8 bilhão
Economista dá dicas básicas para consumidores pouparem e de estratégias de vendas para comerciantes alavancarem a data
Segundo a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) no último dia 28 de maio, o Dia dos Namorados deve movimentar R$ 1,8 bilhão em vendas no varejo do Brasil, um crescimento de 29,4% em relação a mesma data em 2020, e 4% menor do que em 2019. O estudo mostra que o setor de vestuário, calçados e acessórios deve ser o principal segmento para o comércio nesta data, com movimentação estimada em R$ 797 milhões, tendo em seguida os segmentos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 291,8 milhões).
Às vésperas do Dia dos Namorados de 2020, todos os setores econômicos ainda estavam se organizando a respeito dos choques provocados pelas medidas restritivas e as empresas tinham sido surpreendidas em todos os aspectos. O comércio, possivelmente, foi o mais atingindo, sofrendo reduções drásticas, afirma o economista e professor da Estácio Ceará, Thiago Holanda.
“As empresas foram surpreendidas e precisaram remodelar todas as suas estratégias, investido, sobretudo, no marketing digital. Quem não utilizou suas plataformas para mostrar seu produto, não sobreviveu”.
O especialista indica, então, que os lojistas, nesses dias que antecedem o Dia dos Namorados, abusem do viés digital para alavancarem suas vendas. “É importante utilizar todas as plataformas possíveis, em especial as redes sociais. Pesquisas recentes realizadas por agências internacionais revelam que os brasileiros permanecem em média 3 horas e 31 minutos nas diversas redes sociais. Ou seja, esse é o canal de alcance mais eficiente e, diga-se de passagem, menos custoso. Campanhas para datas temáticas, como o dia dos namorados, pode impulsionar ainda mais essas ferramentas”.
Além disso, criar condições de pagamento e parcelamento especiais e oferecer brindes são boas táticas, segundo o economista. “Os consumidores hoje não se satisfazem somente com a compra tradicional do ‘pagou e pegou’. É necessário fazê-lo se sentir único na experiência da compra. Atitudes como, por exemplo, tratamento personalizado, respostas rápidas, acompanhamento pós-venda, e descontos e brindes na compra, podem cativar o cliente e fazê-lo voltar para comprar novamente no futuro”.
Em tempos atuais de recessão econômica, muitos consumidores terão que economizar na compra do presente e o professor da Estácio avalia que é possível seguir algumas dicas básicas.
“A dica mais importante é não deixar para comprar na véspera. Geralmente os preços são maiores e as opções são menores. Se antecipar e pesquisar diversas opções de produtos sempre é uma boa ideia. Outra dica é comprar de empresas locais que costumam oferecer produtos personalizados, tais como cestas, kits de perfumaria, combos de café da manhã, entre outros produtos similares. Geralmente esses vendedores são pessoas que procuram vencer a concorrência das grandes empresas ofertando, ao mesmo tempo, produtos personalizados e preços mais competitivos”, completa Thiago Holanda.
Crédito da imagem: Matheus Urenha / A Cidade