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Estresse na pandemia traz consequências para pele e cabelos

Há um ano o mundo vivencia uma pandemia enfrentando várias dificuldades no quesito saúde. Além da Covid-19, várias outras doenças são vivenciadas em decorrência do momento atual, sendo o estresse uma delas. O estresse altera o ciclo capilar e desencadeia queda de cabelo cerca de três meses após o fator que causou estresse. De acordo com a dermatologista Hercilia Queiroz, diante do contexto atual da pandemia em que o estresse é um sintoma contínuo vivenciado pelas pessoas, em que se observa uma verdadeira “epidemia de queda de cabelo”, cabe ao médico dermatologista descartar outras causas e acompanhar o paciente, orientando de maneira individual o melhor tratamento para controle da queda.


A especialista afirma que já existem estudos que estabelecem uma relação de piora entre estresse e acne, sendo importante destacar a abordagem multifatorial dos pacientes tanto com  acne como também queda de cabelo. “O estresse pode agravar dermatoses pré-existentes, por conta da embriologia que é a formação dos tecidos embrionários, desde embriões intra-útero, pois o mesmo folheto leva a formação da pele e do sistema nervoso central. Logo o estresse pode agravar ou desencadear varias doenças como dermatite seborreica, alopecia, vitiligo, queda da imunidade em pacientes que já têm herpes, rosácea, acne, dermatite atópica, neurodermites, hiperidrose, psoríase, dentre outras”, explica.

Neste momento de pandemia foram relatados muitos casos de queda de cabelo e acne, algo que precisa ser avaliado de forma individual, pois coincide com um período em que houve perda da prioridade ou falta de cuidado em relação a rotina skincare, suspensão de medicamentos que auxiliavam no tratamento da pele ou dos cabelos. Além disso, coincide também com um momento de maior ingestão de alimentos calóricos, o que pode agravar a acne, além de exposição a luz visível proveniente dos eletrônicos ou iluminação dentro de casa (home office) sem o uso regular do fotoprotetor, agravando manchas pré existentes.


Hercilia alerta que elas podem oferecer um risco à pigmentação da pele pela carga cumulativa, então não é uma quantidade de energia pequena, é somado a quantidade de horas que aquele paciente permanece na frente das telas, sob determinada iluminação no ambiente de trabalho ou em casa. “O uso do filtro solar vai ajudar a prevenir o risco de surgimento de novas manchas e se o paciente tem alguma patologia de pigmentação, melasma, mancha residual de acne, é ainda mais necessário o uso regular do filtro solar, pelo menos pela manhã e reaplicado ao meio dia”.