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Diferenças entre exames: testagem ainda é o melhor caminho para perceber a dimensão da pandemia e dispersão das variantes, diz especialista

Teste para novas Cepas já está disponível na capital. Com mais de 10,2 milhões de testes de COVID-19 em 2020, setor privado foi responsável por 43,1% de todo o diagnóstico do país


Neste mês completa um ano que o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, declarou situação pandêmica do novo coronavírus e recomendou aos países o aumento dos programas de testagem como uma forma de conter a propagação do SARS-CoV-2. Desde então, o setor laboratorial e de diagnóstico assumiu um papel importante na gestão da crise sanitária em todo mundo e suporte aos sistemas de Saúde público e privado. Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), os laboratórios associados à entidade realizaram 10,2 milhões de testes para detecção da COVID-19 em 2020, número que representa aproximadamente 43,1% de todos os exames para esse fim feitos no país. Desses, 4,5 milhões foram exames RT-PCR (padrão ouro para detecção da infecção pelo novo coronavírus na fase ativa da doença) e 5,7 milhões foram testes sorológicos.


Para o médico imunologista, Tadeu Sobreira, os números destacam a atuação expressiva e importante do setor laboratorial junto à sociedade para responder à pandemia. Além disso, houve uma resposta rápida diante da escassez de insumos e uma corrida em oferecer uma gama de diferentes testes. “A rápida disponibilidade de testes laboratoriais confiáveis foi um passo importante no auxílio ao diagnóstico, informações epidemiológicas, dentro do escopo de combate à epidemia e ao tratamento dos pacientes”, explica o médico.


Atual momento: testagem para novas cepas
Além do RT-PCR, que detecta o RNA viral e é o teste padrão ouro, estão disponíveis outras modalidades de testes de Biologia Molecular. Eles também detectam o RNA viral com grande rapidez, cerca de 15 minutos, como o ID-NOW da Abbott , que usa  a metodologia NEAR. Além desses, há a detecção de Antígeno, proteínas da superfície viral e que usam metodologia imunológica já bastante conhecida. Como estes testes procuram componentes virais a amostra para exame é colhida com swab nasofaríngeo.  Outro grupo de testes são os de sorologia com detecção de IgM/IgG em amostra de sangue. O laboratório Mikros oferece todas as modalidades de diagnóstico disponíveis e até o final deste mês deve receber os testes para detecção de Anticorpo Neutralizante (nAb) que vai detectar nAb para as variantes Sars-CoV-2. Elas são divididas em dois grupos: as variantes de Wuhan e Reino Unido e o grupo das variantes da África do Sul e Brasil/Japão.


Ou seja, não ter anticorpos Neutralizantes não é sinônimo de falta de defesa ao vírus. “A chegada destes para Anticorpos Neutralizantes  relacionados às variantes será fundamental para, além da mais rápida identificação de pacientes infectados com as variantes, auxiliando o médico na conduta terapêutica, trará importantes informações epidemiológicas  ao combate à epidemia”, finaliza o especialista.