Oftalmologista reforça os cuidados com a saúde dos olhos na volta às aulas presenciais
Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam algum tipo de problema visual
Com a retomada das aulas presenciais, marcada para este segundo semestre, os pais e responsáveis por crianças e jovens em idade escolar devem ficar atentos à saúde dos olhos dos estudantes. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam algum tipo de problema visual. Com o isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, esse percentual pode ter se agravado, já que nos induziu a novos hábitos, como uso exagerado de telas de computadores, TVs e smartphones e, ainda, diminuímos a nossa exposição à luz solar.
Todos nós estamos mais isolados, dentro de nossas casas ou apartamentos, isso faz com que utilizemos menos espaços ao ar livre com luz natural, logo, a liberação de dopamina na retina fica prejudicada, podendo causar crescimento ocular e consequente miopia. Segundo o médico oftalmologista e membro do CBO, Giuliano Veras, com a volta às aulas presenciais, “é preciso avaliar se houve alguma consequência à visão, a fim de evitar prejuízos no aprendizado e no relacionamento do aluno com a comunidade escolar”, afirma o médico.
Ainda segundo o oftalmologista, os pais podem identificar alguns sinais que indicam baixa visão. São eles: dores de cabeça e nos olhos, dificuldade de enxergar de longe (a criança fica muito perto da TV, por exemplo, ou evita fazer atividades que forcem a visão), incômodo com a luminosidade, apertar muito os olhos para enxergar, cair com muita frequência, e piscar e coçar os olhos sem explicação. “Se já houver atrasos relevantes na escola, é imprescindível buscar uma avaliação de um oftalmologista. Mas o ideal é prevenir e fazer a consulta antes da volta às aulas presenciais”, conclui Veras.