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Conheça os 41 artistas, bandas e coletivos contemplados por Natura Musical em 2020

Elza Soares, Mateus Aleluia, Emicida, Letrux, João Donato, Ilú Obá De Min

estão entre os selecionados

Natura Musical anuncia, nesta segunda-feira (25), os 41 novos artistas, bandas e projetos de fomento à cena que serão patrocinados pela plataforma em 2020. A gravação de discos, turnês nacionais, fomento a casas de cultura, projetos de educação musical e documentação de cenas locais estão entre as propostas apoiadas.

“Os novos selecionados falam de lugares e vivências muito diferentes, e vão representar espaços de conexão emocional com muita gente”, afirma Fernanda Paiva, gerente de Marketing Institucional da Natura. “O futuro que queremos construir é coletivo. Ele passa por momentos de tensão, mas com a música somos capazes de chegar num lugar de unidade, respeitando a diversidade. Esses artistas, bandas e projetos de fomento trazem a mensagem de que o futuro pode ser mais bonito com a música e com envolvimento de cada um de nós”, completa.

O que vem por aí

Eles construíram um legado para a música brasileira e continuam se reinventando: Elza Soares vem com força no DVD do disco recém-lançado “Planeta Fome”; o multi-instrumentista João Donato prepara um novo álbum com inéditas; e aos 98 anos, o sambista Clementino Rodrigues, conhecido como Riachão, lançará o disco “Se Deus quiser eu vou chegar aos 100”.

Mateus Aleluia, membro remanescente de Os Tincoãs, e a associação de mulheres Ilú Obá De Min propõem um resgate poderoso dacultura afro-brasileira em novos trabalhos. A potência feminina também vem representada por Letrux, em um novo disco, Liège, em seu primeiro disco, com forte posicionamento em causas sociais e de gênero, e Thais Badu, que apresenta uma mistura inovadora de ritmos do Pará com reggae, rock, pop, samba e hip hop.

Também paraense, Antônio de Oliveira está entre os artistas que dão visibilidade às causas LGBTQ+. Assim como Bemti e o Coletivo Afrobapho, que realizará um evento colocando em pauta questões como gêneros, sexualidades e intersecção de raça. Emicida, um dos principais nomes do rap, Edgar e Zudizilla, revelações no cenário, também estão entre os selecionados.


O pianista Amaro Freitas vem para representar a música instrumental brasileira, mesclando ritmos nordestinos ao jazz. E, no pop, Russo Passapusso, Antônio Carlos e Jocafi se juntam o lançamento do disco “Alto da Maravilha”.

Neste ano, Natura Musical registrou entre os selecionados um aumento de projetos que propõem fortalecer a cena musical. É o caso do Essas Mina É Zica, documentário sobre mulheres na cena do rap de Belo Horizonte, o canal de entrevistas Papo de Música, da jornalista Fabiane Pereira, e o evento Ta Batenu – Culto Afrofuturista, no qual o coletivo ÀTTØØXXÁ celebrará a música negra baiana.

Os 41 projetos foram selecionados entre 2.647 inscritos por meio da curadoria de 22 profissionais do mercado da música, em um processo que durou dois meses. Em 2020, Natura Musical oferecerá R$ 5,4 milhões em patrocínio. O programa tem o apoio das leis de incentivo à cultura nacional, da Bahia, de Minas Gerais, do Pará e do Rio Grande do Sul. Conheça abaixo todos os selecionados:

NACIONAL

Amaro Freitas

A música instrumental brasileira ganhou uma nova cara com o pianista recifense. Ele renovou o jazz ao trazer para o gênero influências de ritmos nordestinos. Amaro Freitas prepara o terceiro álbum, com direito a turnê e registros audiovisuais. 

Conecta Música

O Conecta Música faz parte do BR135, maior festival de música do Maranhão. O projeto contempla oficinas, rodas de conversa e encontros de negócios voltados para a gestão de carreira no mercado musical. Haverá transmissão pela internet.

Edgar

Edgar gosta de dizer que é um ser nada mimético, milimétrico ou métrico e sim semi-ótico, seminu, cru. O cantor e performer entra em estúdio para gravar “Ultraleve”, segundo trabalho de uma trilogia iniciada em “Ultrassom”.

Elza Soares

Elza não precisa de sobrenome. É a voz que todos conhecem e reconhecem. A carioca não nega suas origens e segue denunciando as mazelas do povo brasileiro. Seu recém-lançado disco “O Planeta Fome de Elza Soares” vai virar DVD.

Emicida

O rapper começou sua carreira vendendo seu trabalho na rua. Muitos prêmios depois, ele fará a turnê do álbum “AmarElo”, acompanhado de vídeos dos bastidores de shows e workshops que fez com jovens artistas em comunidades carentes.

Ilú Obá De Min

A associação de mulheres faz parte da história de São Paulo. Ela celebra a cultura afro-brasileira, com atividades que fortalecem relações étnico-raciais. Os 15 anos do Ilú Obá De Min serão comemorados com álbum inédito, show e curta-metragem.

João Donato

O acreano de 85 anos é uma fonte inesgotável de boa música. Instrumentista essencial na história da cultura brasileira, João Donato prepara um presente para o futuro: disco e shows com participação de diversos artistas da nova geração.

Letrux

A cantora é ácida, apaixonada e mostra que quem manda nos nossos sentimentos somos nós e mais ninguém. Depois de criar um frisson com “Em Noite de Climão”, ela prepara o segundo disco, que virá acompanhado de um minidocumentário.

Papo de Música – Pelo Brasil

O canal do YouTube “Papo de Música”, da jornalista Fabiane Pereira, nasceu em 2018 e conquistou o público com entrevistas descontraídas. Agora, o projeto circulará por cinco regiões do País, mostrando o trabalho de diversos artistas.

BAHIA

Alto da Maravilha – Disco de Russo Passapusso, Antônio Carlos e Jocafi

Russo Passapusso, do Baiana System, une-se a Antônio Carlos e Jocafi, que já somam 50 anos de estrada, para lançar Alto da Maravilha. O álbum vem sendo composto há três anos. O projeto ainda prevê minidocumentários e fotografias.  

Cabokaji – Natural Caboks

O projeto busca manter viva a cultura afro-ameríndia dos povos originários do Brasil.  A partir da vivência com indígenas, o grupo produzirá um disco, clipes e um documentário, além de circular com apresentações. 

Coletivo Afrobapho

O coletivo criado por jovens negros e LGTBQ+ utiliza a arte para mobilizar o público ao redor de temas como intersecção de raça, gêneros e sexualidades. O grupo fará um evento com rodas de conversa, aulas de dança, música e performance.

Feira Noise Festival – Entroncamentos

O evento é um dos mais conceituados festivais independentes do País. Ele ocorrerá em Feira de Santana, a partir de um encontro entre artistas headlines e artistas locais. Juntos, eles farão oficinas, shows e conferências sobre o mercado musical.

Jadsa

Depois de lançar um EP, a cantora, compositora, guitarrista, produtora e diretora musical chega com “Olho de Vidro”, produzido em parceria com João Meirelles. O disco terá a participação de Luiza Lian, Josyara, Kiko Dinucci e Felipe Massumi, entre outros.


Mateus Aleluia, o Afrocanto das Nações

O cantor e compositor viaja ao continente africano para registrar os cantos aos Orixás, Nkises e Vodunsem em suas terras de origem. O resultado virá em formato de disco, além de fotos, vídeos e textos sobre o processo de pesquisa.

Riachão

Aos 98 anos, Clementino Rodrigues, conhecido como Riachão, é uma das principais referências do samba. Ele lançará “Se Deus quiser eu vou chegar aos 100” com faixas inéditas e autorais, além de um site com o acervo de sua trajetória musical.

Ta Batenu – Culto Afrofuturista

O coletivo ÀTTØØXXÁ ganhou destaque por mesclar inovação e ancestralidade. Agora, prepara mais uma celebração à música negra: Ta Batenu – Culto Futurista. O evento trará shows, performances e uma feira de produtos com foco na estética afrofuturista.

MINAS GERAIS

Azul Flamingo

O trio uberabense fará shows e gravará videoclipes em seis cidades brasileiras. Neste circuito, o grupo também propõe oficinas sobre o universo da música, acompanhadas de apresentações de bandas locais. 

Bemti

Bemti é conhecido por uma leitura íntima da viola caipira de dez cordas. Depois do sucesso com o disco “Era dois”, o artista prepara “Logo Ali”, um álbum visual produzido por Pedro Altério e com participações de Jaloo e Helio Flanders.

Essas Mina É Zica

O documentário pretende retratar a realidade de seis mulheres rappers da capital mineira. Enquanto algumas conseguem se dedicar exclusivamente à carreira musical, outras precisam dividir o tempo entre arte, família e outros trabalhos.

Malta – Mulheres da América Latina reunidas pelo Tambor

O evento “Encontro de Redes” fomentará o protagonismo feminino no universo da percussão. Para isso, reunirá mulheres tamboreiras do Brasil, Argentina, Peru, Uruguai, Colômbia e Ruanda. O evento inclui imersões musicais e oficinas. 

Sessões StereoLAB

O projeto é encabeçado pela casa de shows Laboratório 96, que se consagrou como um ponto de apoio para a circulação de bandas de MG, SP e GO. A programação da casa incluirá pesquisas, mostras, residências e intercâmbios entre artistas.

Música Mundo

O projeto promoverá o Encontro Internacional de Música e Negócios, que trará na programação debates em torno da economia criativa do universo da música, além de showcases de artistas de diferentes estilos.

Sara Não Tem Nome

Após o aclamado álbum de estreia “Ômega III”, Sara Não Tem Nome está de volta ao estúdio para gravar “A situação”. Nesse novo disco, a artista assume ainda mais uma voz fortemente política e crítica em relação à situação atual do País.

PARÁ

Anna Suav e Bruna BG

Anna Suav é uma afroameríndia feminista que faz ecoar suas mensagens por meio da mistura entre o RAP e o R&B. Bruna BG é uma MC conhecida na cena de Belém. Juntas, elas criarão um álbum visual e oficina cultural.

Antônio de Oliveira – Avante Axé

O cantor e compositor é militante da causa LGBTQ+ e dos direitos humanos. Ele já tem um EP lançado e agora vai gravar “Avante Axé”, álbum que fala sobre o desafio de viver no Brasil, o país que mais mata homossexuais e trans no mundo.

Bando Mastodontes

Tambor para fazer carnaval. Cordas para rimar com tambor. Canções autorais feitas para teatro e com a galera do teatro. Essa é a síntese poética proposta pelo Bando Mastodontes. Tudo será registrado no primeiro álbum do grupo.

Chico Malta

O mestre de carimbó percorre vários estilos do cancioneiro do Norte. Já gravou cinco discos e escreveu o livro O Canto da Amazônia. O próximo projeto dele será um álbum com canções autorais, um show em Alter do Chão e oficinas socioeducativas.

Circuito Mangueirosa

O grupo já reuniu cerca de 40 mil pessoas com uma festa que dura quatro dias e resgata o carnaval e a cultura paraense. Agora, Circuito Mangueirosa prepara sua volta para as ruas de Belém.

Liège

A cantora é conhecida por seu forte posicionamento em causas sociais e de gênero.  Ela vai lançar um álbum digital com direito a uma apresentação em Belém, além de um pocket show seguido de um bate-papo sobre violência contra a mulher.

Metaleiras da Amazônia – Metazonia

O trio traz uma identidade musical amazônica eletrizante: a lambada e o carimbó se mesclam a referências que rementem aos povos ribeirinhos. O mapeamento da produção cultural da região se transformará no primeiro álbum e uma turnê.

Lucas Estrela

Ele renovou a música tradicional paraense com influências da tecnoguitarrada e eletrocarimbó. Agora, parte para seu terceiro álbum autoral, que se desdobrará em

shows de lançamento e oficinas de produção musical.

Thais Badu

A cantora e compositora se define como “mulher preta de luz e resistência”. Thais Badu mescla ritmos paraenses com influências do reggae, rock e pop. O primeiro disco de Thais vem acompanhado de videoclipes e shows de lançamento.

RIO GRANDE DO SUL

Agulha

A casa de shows abriu as portas em 2017, movimentando a cena local de Porto Alegre com artistas independentes. O projeto prepara uma série de apresentações que serão registradas em vídeos e entrevistas para a web.

B.art

Fotógrafa, jornalista e escritora, B.art tem a rima como principal aliada para abordar temáticas astrais, discussões sociais e gritos de liberdade. Seu primeiro disco virá acompanhado de zine, shows e uma série de videoclipes.

Frank Jorge e Kassin

O multi-instrumentista, cantor e compositor Frank Jorge se junta ao produtor musical carioca Alexandre Kassin para o lançamento de um álbum com canções inéditas. O projeto vem com clipes e um minidocumentário sobre o processo de criação.

RS Music Lab

O projeto reúne bandas e agentes culturais para fortalecer a cadeira produtiva da música. O Music Lab prepara o lançamento de uma coletânea digital e uma conferência com rodadas de negócio para agentes do mercado da música.

Tagua Tagua

Os singles da banda se mostram capazes de fazer nascer todo tipo de sentimentos: é para cantar a plenos pulmões e para ouvir baixinho no quarto. O próximo passo será o lançamento do primeiro álbum.

Tem Preto no Sul

A residência artística para músicos negros resultará em EPs e um documentário sobre o trabalho realizado. O projeto fará oficinas em Pelotas sobre composição, produção musical e expressão corporal, com profissionais de São Paulo e Rio de Janeiro.

Vitor Ramil

O artista gaúcho doma as palavras como ninguém e confere uma estética original em suas obras literárias e musicais. Na série de shows “Avenida Angélica”, Vitor Ramil apresenta músicas compostas a partir de poemas de Angélica Freitas.

Zudizilla

O artista faz rap por imagem, cor e som. O que importa mesmo é a mensagem. Revelação no cenário musical, Zudizilla vai registrar em documentário um manifesto negro com narrativa cultural e histórica sobre a pretitude no sul.

Sobre Natura Musical

Natura Musical é a plataforma de patrocínio da marca Natura. Desde 2005, já investiu R$ 143 milhões no patrocínio de 424 projetos – entre CDs, DVDs, shows, livros, acervos digitais e filmes. Estes trabalhos renovam o repertório musical do país e são reconhecidos em premiações nacionais e internacionais. A plataforma digital do programa leva conteúdo inédito sobre música para mais de meio milhão de seguidores nas redes sociais. Em São Paulo, a Casa Natura Musical é uma vitrine da música brasileira com 100 shows anuais.