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Dor crônica, deformação nas articulações e prejuízos à coordenação motora: saiba como tratar as sequelas da chikungunya

A fisioterapia é uma das recomendações feitas pelo Ministério da Saúde para pacientes com chikungunya. O tratamento não farmacológico é recomendado a partir da fase aguda da doença, mas é importante sobretudo nas fases subaguda e crônica, ajudando a minimizar as dores articulares e garantindo a reabilitação dos pacientes.

De acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Fortaleza, 43,9% dos testes de chikungunya foram positivos no primeiro trimestre. Essa é a taxa mais alta dos últimos quatro anos nesse período. Houve 591 casos confirmados na capital.

A chikungunya provoca fadiga e dores intensas nas articulações, que podem durar meses.  Dor crônica, lesão no nervo responsável pela semicontração, deformação nas articulações, danos no cérebro que dificultam a coordenação motora e prejudicam as atividades cotidianas são problemas comuns provocados pelo vírus da chikungunya. 

Em casos de sequelas mais graves é recomendado tratamento medicamentoso e fisioterapia. “Para um tratamento adequado, o ideal é a realização de exercícios aeróbicos, como a caminhada, e treino de fortalecimento muscular funcional, como o pilates por exemplo, podem melhorar a dor, o cansaço e a função desses pacientes”, explica Kalina Queiroz, coordenadora do serviço de Fisioterapia do Hospital São Camilo Fortaleza.

De acordo com a especialista, existem indícios que as práticas de exercícios podem diminuir a velocidade do processo de destruição articular, quando é o caso. Outro tipo de estratégia é a educação em saúde, trata-se de ensinar ao paciente detalhes sobre o caso clínico dele. Com isso, ele tende a se posicionar como participante ativo do seu processo de melhora, podendo gerar ótimos resultados.  

“Na fase aguda, são condutas analgésicas e anti-inflamatórias, devendo ser evitado o uso de calor. São recomendadas ainda orientações posturais e terapia manual, além de exercícios de leve intensidade. Nas fases subaguda e crônica, recomendamos a inclusão de compressas mornas, além de exercícios ativos livres, resistidos, proprioceptivos e aeróbicos, alongamento e terapia manual”, orienta Kalina Queiroz.