Dragão do Mar celebra Dia dos Povos Indígenas com curso online gratuito sobre História Indígena
Formação promovida pelo Museu da Cultura Cearense é gratuita e dá direito a certificação
Em alusão ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado neste domingo, 9 de agosto, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, por meio do Museu da Cultura Cearense ofertará o curso gratuito “Por uma História Indígena – Antropologia da Memória & Museus Indígenas no Siri-Ará“. Nos dias 10, 12, 14 e 17 de agosto, das 15h às 17h, no canal do Dragão do Mar no YouTube (www.youtube.com/dragaodomarcentro). A transmissão do curso será aberta, mas interessados em receber certificado devem efetuar inscrição no site do Centro Dragão Mar (www.dragaodomar.org.br), até as 9h da próxima segunda-feira (10). Os inscritos receberão confirmação por e-mail.
O curso é voltado para pesquisadores, professores, profissionais de museus, educadores, aberto também para artistas e interessados/as em geral. A formação visa introduzir os participantes no universo teórico, conceitual,
etnográfico e epistemológico dos museus e processos museológicos protagonizados por populações indígenas em seus territórios, com ênfase para as experiências dos povos do Ceará, a fim de apresentar um panorama sobre o debate, os impactos e os desdobramentos políticos e teóricos da emergência, amadurecimento e consolidação de um campo de museus indígenas no Brasil.
Com coordenação do Projeto Historiando (Alexandre Gomes e João Paulo Vieira) e apoio da Rede Indígena de Memória e Museologia Social/Núcleo Ceará e do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade/NEPE-UFPE, será realizado em quatro módulos, com um tema abordado a cada encontro, nesta ordem: “Por uma Antropologia dos Museus Indígenas no Siri-Ará”; “Museus Indígenas, Memórias e História do Ceará”; “Nova História Indígena, Antropologia Social e Mobilizações Étnicas” e “Etnomuseologia, Antropologia Colaborativa e Museologia Indígena: Versões e Perspectivas Indígenas da História do Siri-Ará”
Metodologia
Serão realizados 4 encontros de 2 h/a cada um deles, através de uma plataforma de videoconferências. O coordenador Alexandre Gomes mediará os encontros, efetuando uma introdução à discussão sobre a temática abordada a cada dia, com duração de
aproximadamente 1 hora. Após esse primeiro momento, em cada encontro teremos a participação de convidados/as para falar sobre suas experiências como criadores e organizadores de museus indígenas no Ceará. Estes/as farão suas exposições em até 30 minutos e 30 minutos finais serão dedicados às discussões a partir de questões sugeridas pelos cursistas. Serão indicados textos prévios a cada encontro e sugeridas leituras e vídeos para o aprofundamento das temáticas tratadas a cada aula. Para ter direito a certificação, os participantes deverão se inscrever e preencher o formulário de frequência que será disponibilizado a cada transmissão.
Sobre os Ministrantes e Coordenadores
José Maria Pereira dos Santos, Cacique Sotero – Fundador do Museu dos Kanindé de Aratuba. Tesouro Vivo/Mestre da Cultura do Ceará – categoria “Museologia Indígena”.
Francisco Marques do Nascimento, Cacique João Venança – Fundador do Museu do Índio Tremembé, Itarema; Mestre de Torém, Tesouro Vivo/Mestre da Cultura do Ceará.
Eraldo Alves, Preá – Liderança indígena, fundador e coordenador do Museu Indígena Jenipapo-Kanindé, Aquiraz. Articulador nacional da Rede Indígena de Memória e Museologia Social.
Suzenalson da Silva Santos – Coordenador do Museu dos Kanindé, Aratuba. Discente do Mestrado Interdisciplinar em Humanidades – UNILAB e professor da Escola Indígena Manoel Francisco das Chagas
Benício Santos – Graduado em Geografia pela UFC, é liderança jovem do povo Pitaguary. Atua como articulador do MIP – Museu Indígena Pitaguary. Comunicador da Mídia Índia. Integrante do Conselho de Cultura do Estado do Ceará e do Comitê Gestor de Políticas Culturais Indígenas do Ceará, ambos em âmbito da SECULT/CE. Artista Plástico, especialista em Grafismos Indígenas, ministra palestras e oficinas em aldeias indígenas e Universidades no país e no exterior.
Antônia dos Santos Silva – Indígena Kanindé. Graduanda em Museologia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), membro do Grupo de Pesquisas Recôncavo Arqueológico e bolsista de iniciação científica do CNPq. Foi monitora voluntária do Ponto de Memória Museu Indígena Kanindé e membro da Comissão de Juventude Indígena do Estado do Ceará (COJICE). Atualmente é articuladora da Rede Indígena de Memória e Museologia Social no Brasil e tem experiência na área de Museologia, com ênfase em Museologia Social e Inventários Participativos junto a Museus Indígenas.
Rosa da Silva (Liderança do povo Pitaguary e do movimento de mulheres indígenas estadual e nacional. Fundadora e coordenadora do Museu Pitaguary. Atualmente cursa a graduação em Antropologia na UNILAB).
Alexandre Oliveira Gomes (Coordenador) – Professor do Departamento de Antropologia e Museologia da Universidade Federal de Pernambuco, onde atua também como pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Etnicidade (NEPE-UFPE). Graduado em História (UFC), Mestre e Doutor em Antropologia pelo PPGA/UFPE, com estágio-sandwich no Programa de PosGrado en Antropología Social do Centro de Investigación y Estudios Superiores en Antropología Social (CIESAS), Unidad Pacifico Sur, Oaxaca-México. Possui experiência em consultorias, assessorias, coordenação de projetos/programas e produção cultural para órgãos públicos e privados, nas áreas de história, antropologia, memória e patrimônio, com destaque para os trabalhos efetuados para a UNESCO, Museu do Homem do Nordeste/Fundação Joaquim Nabuco (PE), Museu do Índio (RJ), Conselho Indigenista Missionário/Regional Nordeste, Instituto Terramar (CE) e o Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza/CDPDH (CE).
João Paulo Vieira Neto – Coordenador (Historiador e Mestre em Preservação do Patrimônio Cultural (IPHAN). Atualmente é Assessor da Rede Indígena de Memória e Museologia Social e do Instituto Cobra Azul de arqueologia e Patrimônio; Coordenador da Rede Cearense de Museus Comunitários e do Projeto Historiando, um programa educacional que visa historiar bairros e comunidades (indígenas e tradicionais), realizar pesquisas coletivas sobre a história e o patrimônio local, e estruturar museus comunitários a partir da articulação política em torno da memória social. De 2013 a 2016 atuou como Consultor da Organização dos Estados Ibero-americanos, OEI / Brasil junto ao Programa Pontos de Memória / Instituto Brasileiro de Museus/ Ministério da Cultura. Em 2012, foi assessor do Ministério da Cultura (MINC), atuando como Coordenador Técnico na elaboração do Plano Municipal de Cultura de Fortaleza.
Dúvidas ou solicitações de mais informações podem ser encaminhadas para os e-mails educamcc@gmail.com e agendamentomuseus@gmail.com.
Serviço: Curso “Por uma História Indígena – Antropologia da Memória & Museus Indígenas no Siri-Ará”
Período: Dias 10, 12, 14 e 17 de agosto de 2020
Horário: 15h às 17h
Transmissão aberta: canal do Dragão do Mar no YouTube (www.youtube.com/dragaodomarcentro)
Inscrições: Site do Dragão do Mar (www.dragaodomar.org.br), até 9h da próxima segunda-feira (10)