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Especial Dia das Mães: Saiba mais sobre as mudanças provocadas pela gestação no corpo da mulher


Em uma gravidez, o corpo da mulher passa por várias transformações durante e depois da gestação, porém muitas desconhecem as mudanças

A gravidez é um período muito esperado na vida das mulheres que desejam ser mães, mas é também um momento de grandes transformações não só na vida social, mas também no aspecto emocional e físico da mulher.

O ideal é se preparar para esse momento, procurando um médico ginecologista com pelo menos três meses de antecedência do início das tentativas. “O profissional irá avaliar o quadro clínico da paciente por meio de uma série de exames, adotar medidas para prevenir ou minimizar os riscos para a mãe e bebê e indicar alguma medicação ou suplemento, caso seja necessário”, destaca a médica ginecologista Kathiane Lustosa, diretora da Clínica Salvata. “Nesse período, também é aconselhável que ela converse com um nutricionista e faça também um pré-natal odontológico”, complementa a médica.

Primeiro trimestre

O crescimento do útero provoca uma pressão na bexiga, aumentando a frequência urinária. Os seios também aumentam de tamanho, tornam-se mais sensíveis e ficam com os vasos sanguíneos mais visíveis. Para suprir as necessidades de crescimento do útero e do bebê, o corpo aumenta os batimentos cardíacos e a produção de sangue em até 10%. Já as alterações hormonais são as responsáveis pelo excesso de sono, mudança de humor, enjoos e náuseas, além da alteração da flora vaginal predispondo a infecções fúngicas.

Segundo trimestre

O crescimento do útero pode dificultar o retorno do sangue para o coração, provocando hipotensão, principalmente quando a mamãe está de barriga para cima. Entre os sintomas mais frequentes estão palidez, sudorese, náuseas e vômitos. Por isso, é indicado dormir com o lado esquerdo do corpo voltado para baixo. Ocorre também o aumento da pigmentação, como os melasmas e a linha nigra no abdome. Nos seios, as aréolas escurecem e as glândulas tornam-se mais salientes e aparecem em maior quantidade. Após a 20ª semana, algumas mulheres também relatam a saída do colostro (primeiro leite que o seio produz). Também é comum ocorrer refluxo gastroesofágico, azia, constipação intestinal e gengivas sensíveis,

Terceiro trimestre

Por volta da 32ª semana de gestação, o sistema cardiovascular atinge seu auge, intensificando a falta de ar. Como a postura está afetada, as dores nas costas e a tensão muscular são mais significativas, assim como o cansaço e até o formigamento nos membros. A gestante também pode ter dificuldade para caminhar devido ao relaxamento das articulações da bacia. Também podem aparecer problemas relacionados à memória, concentração, inchaço, as contrações de treinamento e o aumento da vontade de urinar.

Pós-parto

“As mães precisam entender que o corpo passou e está passando por muitas mudanças e demora para voltar a ser o que era antes, isso é normal”, frisa a dra. Eveline Studart, obstetra da Clínica Salvata. Nesses primeiros 40 dias, é comum flacidez na barriga, sangramento vaginal, cólicas, desconforto na região íntima e a incontinência urinária. Se os sintomas persistirem após esse período, é importante conversar com o seu médico. “É preciso ficar atenta a cicatriz da cesariana, observando se não há sinais de infecção. Também é indicado que a puérpera receba orientações sobre a amamentação, para que faça a “pega” correta, evitando problemas nas mamas, como a conhecida mastite”, complementa a profissional.

“Essas são apenas algumas das principais mudanças que ocorrem no corpo da mulher durante a gestação. É importante lembrar que cada mulher é única e pode experimentar essas mudanças de formas diferente. Caso a mulher esteja experimentando quaisquer sintomas que não considere normal, é importante conversar com seu médico para obter orientação e cuidados apropriados”, reforça Eveline Studart.

Saúde integrativa

Antes, durante e após a gestação, o acompanhamento de uma equipe integrada de saúde pode tornar esse período bem mais tranquilo e saudável. “Além do médico obstetra que irá fazer todo o pré-natal, é interessante que a mamãe seja acompanhada também por um nutricionista e por um psicólogo, já que ela passa por tantas mudanças. Hoje também indicamos a fisioterapia pélvica, que consiste no fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico”, explica a médica Eveline Studart.

Segundo a médica e diretora da Clínica Salvata, Andreisa Bilhar, “o corpo sofre muitas mudanças durante o crescimento do bebê, sobrecarregando os músculos do assoalho pélvico. Com esse tipo de fisioterapia, é possível fazer um trabalho preventivo, reduzindo a possibilidade de uma bexiga baixa e até de uma laceração no parto vaginal”.

A médica Sara Arcanjo, também diretora da Clínica Salvata, explica que a clínica, referência no cuidado com a saúde e qualidade de vida da mulher, surgiu justamente com esse propósito, de cuidar da mulher de forma multidisciplinar e humanizada, contanto com profissionais de diversas áreas, além de exames de imagem e fisioterapia pélvica.