TV News

Floricultura gera quase 800 vagas de empregos e impulsiona economia na Serra da Ibiapaba

Escola de Flores do Ceará (Tecflores), ligada ao Instituto Agropolos, capacita e incentiva jovens ao empreendedorismo. Mais de 300 pessoas estão aptas a montar o próprio negócio


Trabalhar na cidade grande, como se diz no campo, já foi um grande negócio para muita gente. Hoje, porém, com a retração de investimentos, muitas empresas precisaram cortar custos para manter a rentabilidade, e a conta sobrou para o trabalhador. “Quando perdi o emprego, decidi voltar para a zona rural em busca de uma saída. Aqui, me inscrevi em um curso de floricultura e, logo após o estágio, fui contratada pela empresa”, conta Naiane Paiva, que hoje atua em uma empresa de produção de flores e plantas ornamentais em São Benedito, na região Norte do estado.


Diante do quadro de 12 milhões de desempregados identificados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), histórias como essa são ouvidas diariamente. No Ceará, o mercado de flores é um dos que mais cresce e abre oportunidades. De acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), o estado ocupa a oitava posição no ranking nacional e é também o quarto maior exportador. Só na Serra da Ibiapaba, por exemplo, foram criados 798 empregos diretos. Desses, os formais correspondem a 740 e os informais, que fazem parte da agricultura familiar, a 58.


“Nas últimas duas décadas, acabamos nos tornando um dos principais polos produtores do setor no Brasil. A Serra da Ibiapaba, onde está instalada a Escola de Flores do Ceará (Tecflores), concentra as maiores empresas e o maior núcleo de geração de emprego e renda”, explica Alexandre Maia, coordenador da área técnica do Instituto Agropolos do Ceará (IACE), que vai apresentar, na próxima terça-feira, dia 10, às 10h, no auditório da Reijers, um Panorama da Floricultura do Território da Ibiapaba.


“Nas últimas duas décadas, acabamos nos tornando um dos principais polos produtores do setor no Brasil. A Serra da Ibiapaba, onde está instalada a Escola de Flores do Ceará (Tecflores), concentra as maiores empresas e o maior núcleo de geração de emprego e renda”, explica Alexandre Maia, coordenador da área técnica do Instituto Agropolos do Ceará (IACE), que vai apresentar, na próxima terça-feira, dia 10, às 10h, no auditório da Reijers, um Panorama da Floricultura do Território da Ibiapaba.


Panorama da Floricultura


O documento traz um diagnóstico relevante para o segmento dos últimos dez anos, com informações como área cultivada, número de produtores, produtos cultivados, empregos gerados, dentre outras características. De acordo com o técnico, apesar da escassez de chuvas e da dificuldade de comercialização de produtos, os resultados encontrados demonstram que houve um crescimento no número de produtores no território da Ibiapaba e no tamanho das áreas implantadas.


“O objetivo desse estudo é apresentar o setor. Saber quem são os produtores, onde estão e para quem vendem. No Ceará, a floricultura é o único segmento que tem um trabalho dessa natureza”, defende Alexandre.


Oportunidade de futuro

E é também na Serra da Ibiapaba que uma nova oportunidade de futuro está surgindo na zona rural. Hoje, em São Benedito, o acesso à capacitação tecnológica em floricultura, graças à Tecflores, equipamento do Governo do Estado administrado pelo Instituto Agropolos, tem incentivado o empreendedorismo para jovens de 19 a 25 anos.


De acordo com a técnica responsável pela escola e engenheira agrônoma, Patrícia Moreira, os estudantes são estimulados a buscar o aperfeiçoamento do conhecimento que adquiriram com a família, para melhorar a renda, contribuir com o avanço da produção e investir no seu próprio negócio. “Nosso principal objetivo aqui não é formar mão de obra, mas, sim, fazer com que os estudantes consigam produzir, abrir e gerir o próprio negócio, além de ajudar na permanência dessa população no campo”.


O Curso Básico de Floricultura já capacitou 300 estudantes, que até então trabalhavam apenas com agricultura de subsistência. “Os alunos passam ainda por um estágio prático nas empresas produtoras de flores. Dependendo do desempenho, eles fazem uma entrevista e são absorvidos ou iniciam sua própria produção”, explica.


Na cerimônia do dia 10, os alunos da 13ª turma do curso de Floricultura Básica da Tecflores vão receber das mãos da presidente do IACE, Ana Teresa, e do secretário do Desenvolvimento Agrário (SDA), Francisco de Assis Diniz, os certificados de conclusão. Serão mais 24 jovens com qualificação profissional à disposição do mercado de flores na Serra da Ibiapaba.


SERVIÇO

13º Curso Básico em Floricultura – Dia 10 de dezembro, às 10h, no auditório da empresa Reijers.