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Instituições de ensino montam estratégias para o retorno das aulas presenciais

Finalmente os jovens estão vacinados contra covid-19 e, depois de dois anos com aulas quase 100% remotas, eles estão de volta às salas de aula, mas, esse hiato de tempo trouxe uma defasagem no processo de ensino-aprendizagem que agora precisa ser revisto para que esse prejuízo seja reparado.

A falta de interação com os amigos, com os professores e, mais que isso, a tela “fria” do computador muitas vezes não prendia a atenção dos alunos e o conteúdo não chegava da melhor forma para que o estudante pudesse absorver. Apesar da euforia observada ao rever amigos e professores, existem muitos desafios didáticos a serem superados.

“Por mais que todos tenhamos unidos esforços para a melhor adaptação: instituições, professores, família e alunos, não resta a menor dúvida que foi desafiador e que, por vários fatores, muitos estudantes tiveram prejuízos com relação aos conteúdos”, explica Felipe Amaral, professor e coordenador do Curso Conceito.

Felipe orienta as escolas e professores façam um planejamento para que esse retorno possa ser mais proveitoso na tentativa de suprir algumas lacunas. “É necessário que se amplie a permanência do aluno na escola e intensifique a qualidade do estudo por meio de revisões e complementação de conteúdo. Tudo isso paralelo ao conteúdo que precisa ser ministrado em 2022. Apenas passar para o conteúdo desse ano pode deixar dúvidas nos alunos que refletirão nos anos posteriores”, aconselha.

Para tornar o conteúdo atrativo, também é essencial diversificar metodologias, em especial as que podem fazer com o que o aluno participe mais ativamente, despertando nele mais interesse pelo conteúdo. “Uma das estratégias que estamos usando, até mesmo antes do período pandêmico, para atrair a garotada é o aplicativo de celular Tutor Mundi, por meio dele, o aluno pode tirar dúvidas, inclusive com a correção de redações. Os jovens possuem muita intimidade com esse meio digital, então, é um ambiente confortável para que ele consiga dirimir as dúvidas que não foram resolvidas em sala de aula”, destaca.

Se isso puder ser feito da forma mais personalizada possível, melhor. “A intensidade e a defasagem aconteceram de forma diferente em cada aluno. Por isso, a personalização do ensino será uma prática importante. Entender cada estudante como único, e oferecer o que ele precisa para recuperar o tempo perdido, é um bom caminho para o sucesso do novo ano letivo”, acrescenta Felipe.