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Tecnologia e preocupação ambiental: cinco tendências na gestão condominial para ficar de olho

Condomínios adotam inovações com o intuito de oferecer ainda mais conforto e segurança aos moradores

*Por Mauro Abdalla

A transformação digital pela qual o mundo inteiro passa altera diversas dinâmicas sociais, muda lógicas de negócios, e, entre tantas coisas, também cria diversas oportunidades. No mundo condominial, seria natural que tais transformações constantes no planeta também encontrassem espaço. É por isso que atualmente os gestores de condomínios dos mais variados tamanhos e complexidades debatem continuamente sobre as transformações no segmento e quais serão as tendências no futuro.

De acordo um estudo recente feito pelo IDC Brasil (International Data Corporation), empresa especializada em análise do setor tecnológico, o mercado de automação residencial tinha previsão de aumentar 21% em 2021, com uma movimentação aproximada de US$ 291 milhões. Em território brasileiro, a expectativa de crescimento é de cerca de 30% nos próximos anos. Discutir tecnologia nos condomínios, portanto, não é um assunto do futuro, mas sim do presente. 

Mas, afinal, quais são as grandes tendências do momento no segmento condominial? Como a preocupação com o meio ambiente ganhou força nos condomínios do mundo todo? A segurança tem sido um tema debatido?

segurança está em alta 

Os condomínios são conhecidos pelo fornecimento exclusivo de diversos serviços, entre eles, uma segurança mais forte. E atualmente, uma das grandes tendências no mundo condominial tem sido justamente a utilização da tecnologia para fortalecer esse pilar importante para os condôminos. A implementação de grandes sistemas de vigilância, portarias automatizadas por meio de softwares, por exemplo, são apenas alguns dos porquês a segurança segue como um tema de grande destaque no mundo condominial. 

Novas tecnologias ganham espaço

Há diversos recursos sendo implementados nos condomínios no Brasil e no mundo com o intuito de facilitar a vida dos condôminos. A adoção de ferramentas de Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Big Data, por exemplo, são apenas algumas delas. Quando implementadas da maneira correta, elas formam o conceito de “condomínio inteligente”, ou seja, proporcionam mais conforto e agilidade aos condôminos, sem perder de vista a segurança, item básico para qualquer pessoa que deseja tranquilidade no próprio lar. 

O controle de acesso por reconhecimento facial, por exemplo, é uma ferramenta confiável e segura devido à sua tecnologia avançada e precisão na identificação de indivíduos. Esse sistema utiliza algoritmos sofisticados que analisam características únicas do rosto, como contornos, proporções e pontos de referência, garantindo uma autenticação precisa e difícil de ser falsificada. Além disso, o uso de reconhecimento facial elimina a necessidade de senhas ou cartões de acesso, que podem ser perdidos, roubados ou compartilhados indevidamente. Dessa forma, a segurança do condomínio é reforçada, pois apenas as pessoas autorizadas e previamente cadastradas podem ter acesso, minimizando os riscos de intrusões ou invasões não autorizadas.

Entrega em armários inteligentes

A digitalização da vida cotidiana permite que as pessoas façam cada vez mais compras pela internet e, por isso, nem sempre elas estão em casa no horário exato da entrega para receber as encomendas. É com base nesse problema compartilhado por diversos moradores que inúmeros condomínios atualmente adotam armários inteligentes nas portarias para o recebimento das entregas. Com isso, os pacotes podem ser recebidos tranquilamente com ou sem a presença do dono da encomenda, a chance de extravios é diminuída, e a privacidade do condômino também é preservada. Essa é uma realidade em que todo mundo sai ganhando.

Compartilhamento de estruturas

Uma grande tendência atual no segmento dos condomínios é a construção de espaços compartilhados, de uso coletivo. Esse tipo de estratégiatem entre suas muitas vantagens a capacidade de aumentar a oferta de lazer para os moradores, especialmente porque viabiliza um custo bem mais baixo. Por meio do compartilhamento de estruturas, é possível construir áreas de convivência e de festa, quadras para a prática de esportes, e até academia. Tudo isso ao alcance de todos os moradores de forma fácil. 

Há também o compartilhamento de utensílios domésticos, pois através de um armário inteligente, os condôminos podem efetuar a locação de eletroportáteis, ferramentas e utensílios domésticos. O morador usa pelo tempo necessário, com acesso rápido e seguro, a um elevador de distância. É uma experiência única, sem a necessidade de se preocupar com a compra e armazenamento.

Preocupação com o meio ambiente

As discussões relacionadas ao meio ambiente ganharam bastante atenção nos últimos anos e seria natural que a pauta também chegasse nos condomínios. A ideia de trazer mais sustentabilidade para as copropriedades passa por evitar o desperdício de recursos naturais e por garantir uma qualidade maior do ar e da água, para ficar em apenas alguns exemplos mais básicos. E para que isso seja garantido, ações simples como a destinação correta dos resíduos sólidos, a melhor utilização da água, o descarte correto de óleo e pilha, e a gestão de energia elétrica sãopontos que têm bastante destaque nos condomínios da atualidade. Muitos deles investem massivamente, inclusive, em estruturas para reaproveitamento da águadas chuvas e em painéis solares para distribuição de energia internamente. Um condomínio mais preocupado com o meio ambiente é um lugar ainda mais saudávelpara morar. 

* Mauro AbdallaDiretor comercial da OMA, empresa brasileira do ramo imobiliário.

Sobre a OMA 

Fundada em 1969, a companhia atua na administração condominial, venda, locação e administração de imóveis, sempre unindo tradição à modernidade em um segmento que exige constante atualização. Líder de mercado, a empresa agrega pesquisa, estratégia e inovação, e investe em tecnologia e treinamento para proporcionar aos clientes um atendimento eficaz e personalizado. No portfólio, a OMA conta com 10 milhões de m² administrados, 160 mil condôminos, 2 mil ofertas de imóveis (entre venda e locação) e 500 condomínios administrados.