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78,3%, das famílias estão endividadas; veja como renegociar dívidas por meio do Desenrola Brasil

O percentual de 78,3% das famílias brasileiras estão em situação de endividamento. Os dados são referentes ao mês de abril deste ano e é superior ao total registrado no mesmo período do ano passado (77,7%). Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A projeção, no entanto, é que o percentual chegue a 78,4% em julho, segundo a entidade. Para buscar resolver essa questão, o governo federal lançou o Programa Desenrola Brasil que vai possibilitar a renegociação de dívidas, devendo beneficiar até 70 milhões de brasileiros. A finalidade é combater a inadimplência no País e ajudar os brasileiros endividados a pagar suas dívidas.

Como negociar?
O programa permitirá ao consumidor renegociar dívidas de consumo, como água, luz e telefone, além de dívidas do varejo e bancárias que tenham sido objeto de negativação até 31 de dezembro de 2022.

Em linhas gerais, o Desenrola Brasil vai contemplar duas faixas principais: aqueles que recebem até dois salários mínimos ou que estejam inscritos no CadUnico, desde que os valores não podem ultrapassar a R$ 5 mil, e aqueles com dívidas no banco atrasadas. Nesse caso, o banco poderá oferecer a seus clientes a possibilidade de renegociação de forma direta. Essas operações não terão a garantia do Fundo FGO.

Na avaliação do consultor em finanças e planejamento, Marcos Venicius, associado do Idese, as pessoas precisam ter atenção e gastar de acordo com a renda. “Como dicas para que as pessoas evitem o endividamento estão a questão do planejamento dos gastos por meio de um orçamento compatível com a renda. As pessoas também precisam saber e definir o que são gastos essenciais, como aqueles com Alimentação, Moradia, Saúde, Educação e Transporte, e gastos supérfluos, como com lazer, comunicação e outros. É preciso priorizar os gastos essenciais”, destacou.

DICAS PARA EVITAR ENDIVIDAMENTO
1 Planeje seus gastos com um orçamento compatível com sua renda;
2 Classifique seus gastos em essenciais (Alimentação, Moradia, Saúde, Educação e Transporte) e supérfluo como gastos com lazer, comunicação e outros;
3 Estabeleça um limite para comprometimento das dívidas em no máximo 30% da sua renda líquida;
4 Use de forma racional o seu cartão de crédito, ou seja, pague sempre o valor da fatura, não entre no rotativo, não use o limite do cartão com um salário adicional;
5 Na montagem do seu orçamento faça uma reserva de 10% a 30% para sustentar no mínimo 6 meses de seus gastos.
6 Não gaste mais do que ganha.