Cinema

Álbum em Família estreia no Festival de Gramado

Dirigido e escrito por Daniel Belmonte e produzido por Clélia Bessa e Marcos Pieri, filme reúne Otávio Muller, George Sauma, Lázaro Ramos, Renata Sorrah, Tonico Pereira, Eduardo Speroni e grande elenco

Em 2020, no auge da pandemia e apesar do isolamento social, um grupo de artistas decide montar virtualmente uma peça de Nelson Rodrigues. Esse é o fio condutor do roteiro de Álbum em Família, longa rodado remotamente durante a pandemia, que terá sua primeira exibição dia 16 de agosto, às 21h30, na mostra competitiva do 49º Festival de Cinema de Gramado, em sessão exclusiva no Canal Brasil.

Com Otávio Muller (foto), George Sauma, Valentina Herszage, Ravel Andrade, Cris Larin, Eduardo Speroni, Kelson Succi e Dhara Lopes e participações como Renata Sorrah, Lázaro Ramos e Tonico Pereira, a comédia tem texto e direção de Daniel Belmonte e produção de Clélia Bessa e Marcos Pieri, da Raccord Produções. O filme, uma paródia da peça Álbum de Família, parte do confinamento das pessoas com suas próprias famílias para questionar a ideia da família tradicional brasileira.

Os atores contracenaram uns com os outros usando dos recursos que o cinema possibilita (tela dividida, voz off) e as ferramentas que internet viabiliza (Zoom, WhatsApp). O filme foi todo rodado em isolamento, sem qualquer contato físico entre os membros da equipe, e os sets foram todos virtuais. A trilha sonora original é assinada por Ricardo Imperatore e Pedro Nêgo.

Álbum em Família é o testemunho afetivo de um momento e um olhar sobre a dramaturgia de Nelson Rodrigues”, diz o diretor Daniel Belmonte. “A equipe e o elenco plurais trazem à tona a importância da diversidade para levantar diferentes debates e perspectivas sobre uma obra”, diz a produtora Clélia Bessa.

LINK DE IMPRENSAhttps://vimeo.com/575571068 (senha: aef_imprensa)

LINK COM FOTOS: https://bit.ly/3CLW3Xa

TRAILER:  https://www.youtube.com/watch?v=DwQ0f0ks7Q8&t=5s

SINOPSE

Confinado em casa por causa da pandemia, um grupo de atores e atrizes busca soluções para ensaiar a peça Álbum de Família, de Nelson Rodrigues, e para contornar o fato de ninguém poder se encontrar. Eles decidem fazer um filme à distância, registrando o processo de ensaio e como uma tentativa de debater a ideia de família tradicional brasileira, usando seus próprios familiares em cena e na filmagem. Muito se releva dessas relações em plena pandemia no Brasil de 2020.

SINOPSE LONGA

Como fazer teatro sem poder se aglomerar por conta de uma pandemia? Daniel, um diretor, tem uma ideia: fazer um filme sobre a tentativa de fazer uma peça, à distância. Ele, os atores e atrizes procuram soluções para contornar o fato de que não podem contracenar. A peça que ensaiam é uma adaptação de Álbum de Família, de Nelson Rodrigues, como uma forma de se questionar sobre a ideia de família tradicional brasileira, em um momento de alta convivência familiar. Assim, para conseguir levar o processo adiante, o elenco coloca suas próprias família em cena. Filmado totalmente em isolamento, sem qualquer contato entre membros da equipe, ÁLBUM EM FAMÍLIA é um testemunho afetivo de um momento e coloca em debate a obra de Nelson Rodrigues. É possível julgar um autor pelo crivo do mundo contemporâneo? 

A PRODUÇÃO – por Daniel Belmonte

“O set de ÁLBUM EM FAMÍLIA foi algo inédito: os cenários foram traduzidos para as casas dos atores e toda a comunicação se deu em um lugar, a plataforma Zoom. Técnico de som, diretor de fotografia, produção, diretora de arte abriram as suas casas para o restante da equipe e coordenavam os atores a prepararem os cenários para o set – além de setar as câmeras e microfones.

Feito totalmente em isolamento, desde seu desenvolvimento até sua pós-produção, o filme é uma “auto-ficção” que flerta com o mockumentary, e é também um retrato da força que a arte tem para se remodelar e se adaptar – mesmo quando forçada por um fator externo. O desafio se iniciou quando Daniel Belmonte trouxe para a Raccord Produções a ideia de, aproveitando o momento de quarentena, para realizar um longa-metragem que trouxesse não só relevância narrativa, mas também juntasse talentos que procurassem encontrar soluções criativas para trazer às telas um filme de qualidade.

Muitas coisas foram descobertas e testadas para encontrar uma maneira confortável de se realizar as filmagens e chegar na melhor qualidade possível. Foram algumas refilmagens, algumas ideias descartadas e muita inventividade durante todo o processo do filme. A exemplo, o som feito a partir de uma lapela profissional, conectada diretamente a um IPhone; e a transmissão simultânea das imagens feitas pelo Iphone para a equipe que acompanhava por uma tela no Zoom.

A partir da experiência coletiva proporcionada no set de ÁLBUM EM FAMÍLIA, todos os profissionais da equipe acompanharam as orientações, as montagens de equipamentos, as definições de arte, as preparações do som… A palavra que pode definir a equipe do filme é multifuncional. A partir do compartilhamento de saberes, e da boa relação entre os membros, a ajuda vinha de diferentes lugares e as ideias surgiam de todos os setores, de forma organizada e com um objetivo em comum: realizar o melhor pelo projeto.

O relacionamento e a intimidade criada entre os membros da equipe, incluindo o elenco e suas famílias, foi também responsável por trazer a sensação completa de cinema de galera, muito similar a sensação comentada por artistas que encontram formas de superar adversidades, como os cineastas da retomada do cinema brasileiro nos anos 1990. “Muitas das histórias brotavam a partir do momento em que uma equipe invadia a intimidade de uma família. Não era uma simples filmagem em um set, mas dentro da casa das pessoas. E a pessoa não era filmada por alguém, mas por seu marido, ou esposa, ou pai. Então as relações, apesar de virtuais, se tornaram muito íntimas”, comenta o diretor Daniel Belmonte.

O único set híbrido foi o das cenas realizadas na casa do próprio diretor, que contou com um fotógrafo, Mário Franca, para auxiliar na montagem da fotografia e do som, sendo ambos acompanhado pelo resto da equipe pelo Zoom. A pandemia e o trabalho remoto permitiram que conseguissemos participações mais que especiais e afetivas, que se propruseram a preparar os próprios vídeos, a partir de uma conversa com o diretor, e os enviarem para aprovação.

ÁLBUM EM FAMÍLIA reúne discussões que marcarão o fim da década de 2010 e o início da década de 2020: relacionamentos familiares; tradicionalismo; superação de uma catástrofe mundial; e o compartilhamento de um sentimento universal, o de esperança.”

ELENCO – PERSONAGENS

Daniel Belmonte – Daniel

Otávio Müller – Otávio / Jonas 

George Sauma – George / Guilherme

Cris Larin – Cris / Dona Senhorinha

Eduardo Speroni – Speroni / Edmundo

Kelson Succi – Kelsinho / Edmundo

Bia Linhares – Bia / Teresa

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS               

Renata Sorrah – Renata / Tia Rute

Tonico Pereira – Tonico / Velho

Lázaro Ramos – Lázaro

Valentina Herszage | Valentina / Heloísa

Ravel Andrade | Ravel / Dona Senhorinha

FICHA TÉCNICA

Escrito e dirigido por: Daniel Belmonte

Produzido por: Clélia Bessa e Marcos Pieri

Produção Executiva: Maria Fernanda Miguel e Mayara Azevedo

Produção Associada: Rosane Svartman

Direção Assistente: Pedro Cadore

1ª Assistente de Direção: Paula Campos

Direção de Fotografia: Mário Franca e Lucílio Jota

Técnico de Som: Davi Paes

Direção de Arte: Anouk Zee e Catarina Araújo

Figurino: Anouk Zee

Montagem: Lucílio Jota

Direção de Motion Design: Marcus Paulista

Produção Musical: Ricardo Imperatore

Direção Musical: Ricardo Imperatore e Pedro Nêgo

SOBRE O DIRETOR

Daniel Belmonte escreveu e dirigiu o longa-metragem “B.O.”, distribuído pela Raccord, coproduzido pelo Canal Brasil. É diretor da Cia Involuntária, pela qual escreveu e dirigiu o espetáculo “Peça Ruim”, que esteve em cartaz pela cidade do Rio de Janeiro por seis anos, e a peça “Edward Bond Para Tempos Conturbados”, que se apresentou no Teatro Poeira e no Sesc Pompeia, em São Paulo. Explora recorrentemente a metalinguagem e a ideia de autoficção nos seus trabalhos. Escreveu recentemente o livro “Laura é um nome falso para alguém que eu amei de verdade”, publicado pela Editora Patuá. Escreveu para os programas “Zorra” e “A Gente Riu Assim”, da Globo. 

RACCORD PRODUÇÕES

A Raccord é uma produtora independente que atua há mais de 25 anos no mercado audiovisual brasileiro. Tem em seu currículo mais de 20 filmes entre curtas, medias e longas-metragens, além de mais de 1.000 horas de conteúdo para televisão. A produtora mantém em seu perfil a dedicação para a produção audiovisual em todas as plataformas, sempre trabalhando com produções convergentes e que tragam inovações criativas. Em seu currículo estão os longas Angel Vianna: Voando com os pés no chão (2019), dirigido por Cristina Leal; Os Maias (2015), dirigido por João Botelho; Desenrola (2011), dirigido por Rosane Svartman; Cartola (2007), dirigido por Lírio Ferreira e Hilton Lacera; Cafuné (2006), dirigido por Bruno Vianna; Mais Uma Vez Amor (2005), dirigido por Rosane Svartman; Separações (2002), dirigido por Domingos Oliveira; O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas (2000), dirigido por Paulo Caldas e Marcelo Luna; e Como Ser Solteiro (1998), dirigido por Rosane Svartman. Em 2021 e 2022 lançará seus filmes mais recentes, entre eles Pluft (2022), dirigido por Rosane Svartman; Cedo Demais (2022), dirigido por José Lavigne; Madalena (2021), dirigido por Madiano Marcheti; Missão Cupido (2021), dirigido por Rodrigo Bittencourt; Correndo Atrás (2021), dirigido por Jeferson De; além da série de ficção A Dona da Banca (2022), com direção geral de Marton Olympio e Hsu Chien.